quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Chiavegato...sim...Senhor!

Em DIÁLOGO, em que você conta a visita ao ex-SIC, você fala da casa chamada EREMON, desconhecendo o seu sentido. Simples, vem do grego, sua lingua materna, erhmos que significa deserto. Desde o Antigo Testamento, era o deserto tido como lugar privilegiado de oração e de encontro com Deus. O despojamento exterior do deserto leva a pessoa a se esvaziar de si, encontrar-se consigo e com Deus. Eremitas vem daí e em português temos ermo. Despojamento, solidão, silêncio, tudo o que caracteriza uma casa de retiros.

Um abraço,
Chiavegato
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Grego,
respondendo ao seu e-mail, quem organiza nossos encontros, sem agenda estabelecida, é o Mário Faria. Não há encontro em perspectiva, por agora. O último foi no meu sítio, mulheres incluídas. Fique tranqüilo, qualquer coisa, você será convidado. Nossa turma é bem mais velha que a de vocês, embora uns dos nossos estejam comparecendo, como Vanin e Arlindo. Nossa turma vai de 46-47-48- até 54, tempo em que o Seminário era de Nossa Senhora Aparecida. Seminário Novo, nós o vimos ser construído, tijolo a tijolo, sob nossos protestos, uma vez que, conduzidos por Padre Matheus, éramos obrigados a sacrificar futebol e piscina por um passeiozinho até o seminário em construção. Como Moisés, conduzimos o povo e vimos ao longe a Terra Prometida, sem nela nunca entrar. Você teve outra sorte, mas a nossa, por nada deste mundo a troco, porque foi a minha e muito legal
Um grande abraço,Chiavegato
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Grego,
para a história.

Estudei nos anos de 48 e 49 no Seminário Menor Nossa Senhora Aparecida. Avenida Saudade. Prédio construído por Dom Barreto, antes de 1941, ano em que o mesmo morreu. Foi o primeiro seminário construído em Campinas. Antes, Dom Nery mantinha o seminário onde era seu Palácio, no Largo do Pará. Não sei se o prédio ainda está lá.

de 50 a 54 estudei no Bosque, junto ao Colégio Diocesano, hoje Pio XII. O seminário continuou a se chamar NOSSA SENHORA APARECIDA.

Nessa época, até 54, construiu-se o Seminário da Imaculada. Segui tijolo a tijolo de sua construção. O terreno foi doado pela família de minha professora no 4o. ano primário, Zoé de Campos Valente.

Minha turma de 1948, 54 alunos. Alguns: Magalhães, Ambiel, Arley Zaratini, Laerte Macedo, Mário Faria, Antonio Carlos Nogueira de Souza etc...

Só, por ora.
Grande abraço,
Chiavegato
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O PAPA E EU

a. j. chiavegato


Eram tempos de entusiasmos de uma teologia adolescente em portas de Concílio, ele, meu amigo, Ratzinger, o perito. Eu acompanhava Dom Paulo, arcebispo de Campinas, em idas e vindas conciliares, eu perito? Não, carregador de pasta, nomeado por sumiço do secretário em gozos turísticos. Praça de São Pedro, as gentes-formigas, a missa de abertura, padres e bispos a dar com pau, Vem, Espírito Santo, dá um jeito! – rezava-se e os encontros na Domus Mariae onde se reciclavam os bispos, uns ainda em poeiras tridentinas. Por lá estivemos, meu amigo Ratzinger, bom teólogo, mas ainda sem as oportunas famas.

Pelos anos 1959-61, de novo juntos. Ele, professor de teologia em Bonn e eu em passeios. Bonn não era grande, o que tornava possível tê-lo encontrado em livraria, Grüss Gott, Vater!, em igreja, onde concertos se davam, não perdia um, em sendo de graça, ou em fundos de igrejas onde rezava, sendo de boas piedades naquele tempo. Ou, quem sabe, em missa que celebrasse, eu assistindo? Ou, na feira, no centro, ao lado da igreja? Um dia, ao portal da Universidade, um atropelamento. Cruzes, subiu dois metros acima e estatelou-se, ao chão dando as costas e virando alma. Vi o ajuntamento do povo. Não era padre ainda, não cuidando de extremas-unções, ali jazente o morto e as muitas piedades, coitado! em caras alemãs, que coisa! – dizendo uns, era jovem, fosse casado, pai?, não se sabia, em estáveis silêncios o que ali estava e já se tendo ido pro lado de horizontes cinzas e frios. Não sei se à vítima acudiu meu amigo Ratzinger em serviços sacerdotais, animando-o nas últimas viagens. Se com ele me encontrar, vou disso lhe falar. Se por la estava, vai se lembrar, ah vai! que coração de homem não esquece morte que pelos caminhos da vida encontrou. De todas me lembro. A primeira, de meu avô. Tinha sete anos. Dela guardo dia, hora e outras circunstâncias, meu avô ali, o imóvel, mãos uma sobre outra, de que cuidara minha mãe detestando defunto de mãos postas, fosse rezar. Nada de terço – dizia. O inútil enfeite! – essa, minha mãe, as sábias inflexibilidades. Outra morte, pouco após logo se deu, acompanhando o vigário em bênção de defunto, eu carregando livro e água benta. À sala, o morto, solene e enorme em caixão preto de franjas douradas, em cima de mesa, em alturas a dele não se ver mais que mãos, as enormes mãos, amarelas feito cera, entrelaçadas em orações vespertinas, fosse ainda manhã. E assim, de morte em morte, acostumei-me às tristes horas. Cumpre-me aqui registrar uma, acontecida nessa época de que estou falando, eu já padre, coadjutor em paróquia de Colônia. Toda tarde ia entreter velhos com presença e canções, eles lá em papos, chá e bolachas, lembrando os passados tempos e os a vir, os de curtos futuros. Lá conheci um velho que dias depois teve um ataque cardíaco. Em não existindo ainda UTI, era ficar em casa e em cama, encolhidinho, rezando para distrair a pressa de Deus. Nessa hora das difíceis esperanças, foram-me chamar. Que levasse violão – o dele pedido, os santos óleos e a comunhão. Fui, caia neve em grandes silêncios, eu mais violão em ombro pendurado, a hóstia contra o peito e os óleos. Confessou os nenhuns pecados, comungou, ungi-lhe mãos e pés para a caminhada. Peguei o violão e cantei. Ele sorria translúcido. Na manhã do dia seguinte, fui ao enterro do meu amigo, ex-funcionário da companhia de transportes de Colônia. O coral dos funcionários dele se despedia, “Ich hatte einen Kamerade” – a canção que cantavam, a história de dois companheiros na guerra. Veio uma bala e levou um, e chorava o que ficou, como se a mim também me tivesse levado. O papa conhece essa canção e já a cantou. Em cemitério, em enterro de amigo, todo mundo vestindo preto, o dia escuro e a neve caindo, deve ter chorado que a cara de vovó dele só autoriza ternuras. Juro, que se encontrá-lo, pego o violão e vamos cantar, não a morte, mas a vida que levamos em Bonn, o papa e eu, os caminhos cruzados sem encontro. Longes tempos! Ele ainda não era conhecido. Eu já era desconhecido. Grüss Gott, Vater!
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domingo, 23 de novembro de 2008

EXCLUÍDOS

Finalizamos o artigo passado com essa expressão muito usada hoje pela Igreja. É um tema atual e eu perguntava: excluído de quê? e quem são eles?
Negros, índios, latinos, etc... mas podemos jogar tudo em um pacote só e embrulhar com o têrmo "pobres", porque se você tem dinheiro, com certeza você não será excluído de nada e até admirado. Então o que motiva a exclusão? A famosa "verba"?
Foi assim que a Igreja(?) apareceu com a tal Teologia da Libertação e Campanhas de fraternidade, documentos daqui e dali...

Mas vejam como tudo era certinho... e a Igreja de nossos tempos de coroinha nos ensinava a tratar esse problema com "As obras de misericórdia". Qual católico ainda sabe dizer quais são? É blá, blá prá lá e blá, blá prá cá quando só seria necessário se praticar o catecismo:
Corporais:
1- Dar de comer a quem tem fome.
2. Dar de beber a quem tem sede.
3. Vestir os nus.
4. Dar pousadas aos peregrinos.
5. Visitar os enfêrmos e encarcerados.
6. Remir os cativos.
7. Enterrar os mortos.

Espirituais:
1- Dar bom conselho.
2- Ensinar os ignorantes.
3- Castigar os que erram.
4- Consolar os aflitos.
5- Perdoar as injúrias.
6- Sofrer com paciência as fraquezas do próximo.
7. Rogar a Deus pelos vivos e mortos.

A Igreja devia, antes de ficar inventando frases de efeitos, lançar cada ano, a revisão de uma dessas suas próprias regras, que seus fiéis já esqueceram.

Então me pergunto: quando lançam no ar a expressão "excluído" é responsabilidade de quem incluir, quem em quê?
No fundo quem lança isso está acusando autoridades, governamentais e religiosas, pela falta de escola, pela não distribuição de renda, pela falta de assistência em geral.
Mas essas obras de misericórdia não foram feitas para serem regras de governo e sim para comportamento pessoal. Sendo o fulano um Presidente ou um desempregado, está intimamente ligado a essas regras de boa convivência. Hoje isso é muito referido com o têrmo "Ética", ou seja, a tendência do ser humano em praticar o bem e Moral, o ato de praticá-las.
Por outro lado, seria muito ingênuo da minha parte achar que as coisas são tão simples. Basta pegar um livro de História Universal e ir foleando de século a século e vamos notar as profundas transformações no modo de vida e no modo de pensar e agir. Mas uma coisa você pode notar: em todos os tempos sempre houve o Rico e o Pobre, quem Manda e quem Obedece. E tudo isso está ligado ao primeiro pecado do Homem, ao não resistir à tentação: a cobiça e a ganância.
Ichi....isso vai longe...não cabe mais aqui....
Pratiquemos então as obras de misericórdia e haverá um excluído a menos no mundo...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

FRACASSO?

Para não ficarmos aqui desenterrando defunto e também o que passou...passou, vamos dar a última pincelada na Tese do Pe. Mesquiatti, que por sinal é muito reveladora. Porém há algumas coisas que naturalmente, quando passam para a História, perdem certos pormenores e sentido.
Falamos anteriormente no Buraco Negro em que se tornou o nosso SIC enquanto fora tentavam outro modelo de formação de padres. E a primeira experiência foi a "casa do Bosque" ou do Pio XII. Ali, alojaram-se em 1967 a última turma que fez o Colegial completo no SIC. Não vamos aqui descrever o que aconteceu por lá, mas se vocês lerem a Tese do Pe. Meschiatti verão como foi interessante. Eu, na época tinha 14 anos de idade e cheguei a ir lá várias vezes, porque levávamos almoço e jantar para eles, do SIC. Também fiz serviço de datilografia lá mesmo e ouvia um pouco do que imaginava que me esperava no futuro.
Então, aquela experiência, que seguia as novas orientações do Concílio e apertada pela não aceitação mais de seminaristas de outras cidades no Ipiranga, foi uma espécie de solução na qual nem o Bispo D.Paulo, acreditava. Como diz na tese: ele parava o carro diante da casa e não entrava. Lendo tudo isso hoje a gente nota que algo ???? bailava no ar. Dom Paulo havia apostado tudo no Seminário Menor mas parece que se esqueceu do Maior.... Se eu fosse ele, então, teria colocado Filosofia e Teologia lá no SIC mesmo e tudo teria tomado outro caminho. Será?
Com certeza os amigos que viveram a " casa do fracasso", em têrmos de vocação sacerdotal, não deve gostar da minha sugetão. Eram jovens e o mundo estava sofrendo uma das maiores transformações no começo dos anos 60 e eles estavam radiando uma aura fleumática, juvenil e corajosa por uma briguinha.
Enfim, a casa se desviou para a "rua", se meteu em política, tanto estudantil como governamental e se misturou "ao povo", digamos assim. Essa era a mensagem que muitos Bispos entenderam no Concílio e entraram em choque por aqui, para por em prática. E sobrou para os jovens como o Sérgio Cardoso, a quem se referem como "o intelectual", o Gabriel é referido como "o fiel da balança", Bruno Nardini, sobrinho do Mons., industrial; Antoniazzi, filho de políticos influentes; Venturoli, família dona de madeireira.... Essas referências me deixam a pensar o quanto teriam pesado na mudança de destino dos seminaristas maiores. Hoje, parece uma confusão enorme, e se voce ler a tese verá quantos conflitos entre os próprios padres e o Bispo. Por isso não dá para dizer que a casa foi um fracasso.
O que a gente nota analisando tudo dos dias de hoje e que não vi em nenhuma tese ainda é o âmago da coisa, como costumo dizer, o espírito da coisa: ser padre.
O que teria mudado em ser padre e que não se conseguia mais achar um caminho para sua formação? Isso é que é preciso se analisar e se tudo mais ficou na História, isso não; está presente hoje e com muitos problemas.
Na tese o Pe. Meschiatti aborda dois tipos de Seminários: o tridentino, modelo estipulado pelo Concílio de Trento, em 1563 e que veio falecer bem aos nossos pés, no Concílio Vaticano II, que não deixou claro como seria o novo modêlo, mas recomendava que se fizesse de forma aberta. Mas e a figura do padre?
Isso também é histórico e vai longe e vamos ter que passar por cima de muita coisa e eu vou então fazer isso em forma de recordações:
A figura do padre até o começo dos anos 60 era de verdadeira autoridade. Era comum ouvir em discursos e lá estava no palanque um padre ou Bispo, o têrmo "autoridade eclesiástica". Também, fora os católicos só haviam os "crentes" ou protestantes, que não faziam muita questão de aparecerem. Hoje há uma enxurrada de religiosos, até coisas estranhas dentro da própria Igreja Católica.
Mas a noção que a gente tinha do padre é que era um ser super estudado, de grande cultura, de grande poder de oratória, solucionador de problemas, líder da comunidade, etc, etc. Era comum que se chamasse o padre para um doente até mesmo antes que o médico. E para isso os padres daqueles tempos, APESAR DE TEREM SIDO ENCLAUSURADOS EM SEMINÁRIOS, davam bem conta do recado. Vejam as biografias dos padres no site da Arquidiocese de Campinas e verão os fatos. Havia muitos desvios pessoais mas para isso deve-se levar em conta o lado "humano" do padre. Mas não vi nenhum que ficou abobalhado ou alienado e não pudesse cumprir suas missões dentro da paróquia. Isso porque havia após o Seminário mais uma etapa, aliás dentro do planejamento da ordenação, que era a de Vigário Coadjutor. Era o tempo em que o recém-ordenado vivia ao lado do Pároco e se integrava na comunidade. Estava tudo certinho.... mas....
Os anos 60 trouxeram uma mudança de espírito. Falo disso mais longamente no meu livro com exemplos do que aconteceu dentro do SIC. A mudança estava no espírito. Mosenhor Bruno diria: "espírito de porco"...rsrsr...rsrsr... Ela veio avassaladora: calça justa, cabelos cumpridos, sons estridentes, superficialidade das idéias, tecnologia nova de comunicação, etc, etc. Ou o caminho dos intelectuais, em minoria, mas que fugia totalmente ao cunho religioso, que era a bossa nova. Candura, melancolia, sol e mar e um amor imaginário. Não batia também com seminarista. Mas era a atração que estava nas ruas naquele momento e justamente no momento em que resolveram lançar o aprendizado religioso no meio de toda essa profanalidade. Parece que foi até um desespero da Igreja, pensando: ou se faz isso ou vamos perder a autoridade. De certa forma estavam certos e apesar da experiência da casa não ter vingado também não foi possível retroceder para dentro do modelo tridentino. O sistema educacional do país aboliu o curso ginasial e as crianças deviam ir até a 8a. série para completar o 1o. grau. De repente ficou inviável mandar meninos de 11/12 anos para o internato. Mas estamos fugindo da figura do padre. Eu falava de espírito e é por aí. O padre que antes levava conforto espiritual para os problemas materias, de repente passou a tentar resolver os próprios problemas materiais através da própria materialidade. É por isso que não entendo quando se fala demais em "excluídos". Excluídos de quê? Da materialidade? O ser é excluído de ter os bens mais modernos, de ter acesso às coisas do mundo? Então mudou a Teologia também (acho que aqui os Teólogos vão explicar o que mudou...). Antigamente todo ser humano era orientado para a salvação de sua alma e toda a recompensa de seus sacrifícios terrenos teria a recompensa final de "ir para o céu", para o descanso ao lado de Deus. Nossa! fui longe...rssrs... mas era isso mesmo. Mas não se ouve mais padre algum fazer referências a "ir para o céu" ou conformar-se com os sacrifícios. A ordem é brigar por aqui mesmo e já, ou seja, ser incluído na "felicidade terrena". Aliás essa é bíblia dos "novos cristãos", chamados de evangélicos.
Então, há uma incongruência entre ser padre tridentino e ser padre de "inclusão". O problema é a perda da identidade, no sentido de autoridade respeitada. Não que não se respeite o padre, mas ele não tem mais peso. Está perdido nesse novo negócio de pastorais, que veio substituir também as congregações, que tinham regras específicas na vida da paróquia.
Se você teve paciência de ler até aqui, não vou abusar mais... tanto porque "Inês é morta"....de onde será, teria surgido esse dito popular? Se escrevi alguma besteira me desculpem, foi ao meu modo de ver... a verdade?.... a verdade será nossa eterna busca....Se alguém quiser expressar a sua é só teclar o Comentários abaixo e será bem vindo.
E vamos na próxima a fatos que mais nos tocaram.









terça-feira, 18 de novembro de 2008

O PRINCIPIO




A história do Seminário Menor em Campinas-SP é muito interessante e pode ser encontrada em Teses de Doutorado (conheço duas). A mais nova e completa, do Pe. José Eduardo Meschiatti, que tem o link no nosso site. Lá o Pe.Eduardo conta a história dos outros locais até chegar no último.
Agora, o Chiavegato nos brinda com algumas fotos do tempo de construção. Essas fotos são de 14/06/1953. Segundo ele, eles iam visitar e até trabalhar na construção desse sonho realizado de Dom Paulo de Tarso Campos. As demais fotos vocês podem ver no álbum, que pode ser acessado pelo site.
Na tese do Pe.Meschiatti existe o projeto, a planta e o arquiteto e é a comprovação do que sempre escrevi por aqui, o esmero no detalhamento dos locais e coisas necessárias para o internato. Penso que hoje seria impossível construir algo como aquele prédio todo. As próprias igrejas, hoje construidas, são em forma de barracão, sem qualquer estilo arquitetônico.
Por outro lado, sei de amigos que não dão a mínima para esse lado da casa. E na verdade o importante era ser o abrigo de vidas em movimentos. Ao ler os regulamentos do Seminário Menor, nos anos 10,20,30 e 40 pode-se notar a rigidez de disciplina. Mesmo vivendo 10 anos interno não consigo me imaginar sob aquele jugo tão severo. Mas dava resultados e eles ainda podem ser notados nesses amigos mais velhos, muitos ex-padres; o grau de conhecimento, de oratória, das línguas... mas infelizmente são os últimos baluartes de uma boa educação. E tudo o que é bom é difícil; mas já entramos na era das facilidades quando "ter" é mais reconhecido do que "ser".
Para quem se interessar, no site da arquidiocese de campinas estão as histórias das épocas de cada Bispo. Ao passar de um para outro você vai viajando pelo tempo. Os Bispos se envolviam totalmente na vida da cidade, construiam casas, igrejas, colégios, hospitais e agiam na vida social rivalizando com as autoridades. Muitos problemas, como epidemias, revoluções e crises na sociedade eram enfrentadas pelo Bispado. E para apimentar até perseguições e brigas com autoridades e coronéis.
Para terminar, hoje, ao comentar com um amigo sobre essas coisas, ele que não é desse ramo, me perguntou meio enjoado: porque você anda atrás disso? gasta dinheiro e tempo com isso?

domingo, 16 de novembro de 2008

O BURACO NEGRO




O assunto aqui ainda gira em torno da visita que fizemos aos EX-SIC.

Coloquei essa foto ao lado para ilustrar o título porque cai muito bem. Os amigos que bem conheceram o Seminário podem reconhecer que essa quadra de futebol de salão, na verdade, era aquela que era a quadra de vôley, perto da entrada para as freiras. Observem no fundo o pátio dos menores fechado bem como na lateral o pátio dos médios. Enfim, esse foi o ano de 1969 quando o Seminário foi cortado ao meio, mas o Buraco negro já havia começado. Na foto, eu e o Tio, já em época de solidão.
Mas gostaria de chamar a atenção dos amigos para a tese do Pe. José Eduardo Meschiatti, pela Unicamp ( o link está na página inicial do nosso site). Contando a interessante história da origem dos Seminários Tridentinos ele entra na história dos seminários em Campinas. O nosso foi o último e por ironia do destino, o mais bem planejado e construído mas já era final de uma era e ele não chegou aos vinte anos. Como sempre dizemos e ele também na tese, se D. Paulo de Tarso Campos visse hoje, com certeza haveria de chorar, não só pelo Seminário mas pelos rumos que tomaram a Educação Religiosa.
O que me chamou a atenção e chamei de "buraco negro" é algo que a gente sempre nota. Quase todos omitem a sua história curricular passada no Seminário. Logo se começa pela faculdade. Outro dia vi na tv o Pe. Magalhães que ao descrever sua vida logo foi direto para a Filosofia. Oras bolas, a adolescência e princípio da juventude, são 10 anos mais incríveis da vida de um ser humano e ele omite.... Na tese também o Pe. Eduardo descreve a vida interna do Seminário nos tempos dos outros seminários e ressaltando os ítens que realmente eram muito curiosos e até extravagante, na vida interna. Mas no nosso SIC isso tudo já estava amenizado e por um breve tempo chegou a um ponto "ideal", entre a dureza e a moleza. Mas ele não aborda isso. Pulou logo para a história daquela "casa de formação", a primeira experiência fóra do Seminário. E dali, invitavelmente, minucia os fatos que lançaram os "seminaristas" pelas ruas afora.... É bom dizer que está na tese nomes da turma, inclusive dopoimentos deles. São: o Sérgio Cardoso (nosso querido Bolinha), Antoniazzi (Boi), Gabriel (Bié), Venturoli (Patinhas). Entraram no SI em 1959 no admissão ou em 1960 na 1a.série.
Mas o que aconteceu com o SIC entre 1967, início das mudanças e 1973, quando foi totalmente desativado?
Esse foi um buraco negro que ninguém conta. Mas eu escrevi um "livro" a esse respeito, tipo romance histórico. Primeiramente, o que as pessoas que passavam diante daqueles quatro enormes muros imaginavam sobre a vida que havia lá dentro. Depois, a vida da comunidade e como ela era o sustentáculo de cada um. Como era passar dias e noites, meses e anos cuidando de si próprio. Das micoses (rsrsr...) até as epidemias... Da saudade e da renúncia e do apoio que cada um encontrava nos amigos. Mas foi então que entramos nessa era pós-concílio que desmontava os Seminários. Em 1967 começou o sistema de semi-internato, e perdíamos os amigos nas atividades da noite e nos fins de semana. Acabou-se o Colegial e com ele toda aquela vida rica na convivência com os ilustres mestres. Em seguida metade do prédio foi cedido para o Cursilho. Aos domingos abriam-se os portões dos fundos e o bairro inteiro invadia os campos. O Sebastião Piacente, liderava a Paróquia e organizava campeonatos, a comunidade do bairro passou a usar o auditório, etc... E nós ? Apostolado! A maioria desaparecia ou ia para casa sob o pretexto de apostolado. E o pior então, o colégio Pio XII. De repente, dar de cara com tantas formosuras, na flor da idade, em tempos de efervescências juvenis, foi demais... justamente para quem aquilo tinha que renunciar. Era no mínimo contraditório. Mas quem ligava? O pretexto vinha sob o tema "Integrar-se ao mundo". E se em regime de internato era difícil chegar ao fim, imaginem quando a porta se abriu. Passou boi, passou boiada. Foi uma farra. Todos gostaram e até foi um tempo legal, mas na hora de tomar um rumo, o rumo já estava traçado: adeus. Foram 7 anos de desmonte do SIC, que representaram o período negro. A comunidade era fictícia, não se organizava nada, apenas as classes que restaram promoviam algumas coisas em comum. Até a missa não era mais obrigatória. O nosso maior ponto de encontro passou a ser a sala de recreios que se instalou no estudão de baixo. Com tv, uma vitrolona, alguns jogos, uma pequena biblioteca de seleções, acho que a mesa de bilhar e mais nada. Os esportes eram apenas brincadeiras e resumindo, o SIC passou a ser mais uma pensão.
Esperava-se que o tempo passasse e cada um tomasse seu rumo. Alguns que insistiram em continuar mesclaram-se com a Nata que vinha chegando. Eram jovens que já vinham com 1o. grau, cheios de experiências e eram tratados como o futuro da Igreja. De repente nós, antigos, parecemos descartáveis, como se algo faltasse em nós ou se carregássemos algum estigma do passado. Não estou dizendo isso como crítica aos amigos dos novos tempos, porque se tornaram nossos grandes amigos, mas trata-se de uma análise histórica. Também isso já é passado e não cabe mais nenhuma crítica ou qualquer forma de julgamento. São apenas lembranças que espero que ninguém se magoe com isso. Os tempo passa e a vida e a civilização são mutáveis e a gente precisa saber ir absorvendo os que vem atrás da gente. O choque de gerações sempre traz revisão de valores e para quem já tem experiências é possível notar se erros estão sendo repetidos ou se realmente são novos valores colaboram para a evolução ou a degradação do sistema que nos sustenta.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Vestígios do Tempo










Na nossa visita ao EX-SIC, pudemos visitar a parte que hoje é o Seminário Propedêutico, que hoje conta com 5 seminaristas. Esse propedêutico é uma preparação para entrar para o Seminário de Filosofia pois não existe mais o Seminário Menor.
Ele está situado na ala que em 1969 foi cedida para os Cursilhos, ou seja, as salas do corredor de cima e de baixo, as quadras de fut-sal, os pátios de menores e maiores e a avenida de entrada.
Bem, mas vejam as fotos, a primeira a esquerda, a sala de aula, no corredor de cima, o Pe. Canoas entrando e atrás dele a porta da Biblioteca. Na foto ao lado, atualmente. Desde que ergueram aqueles tres "muros de berlim" em 1969, nunca mais entrei para aqueles lados. Agora, 39 anos após, foi emocionante entrar lá e constatar que a semelhança continua. A mesma porta da biblioteca, em duas folhas. Por três anos eu cuidei dela, como bibliotecário, tinha uma chave para fechá-la nos horários de arrumação e limpeza. O piso ainda é o mesmo e ao vê-lo, brilhando me lembrei dos sábados de limpeza que se encerava e depois passava aquela enceradeira enorme e tudo ficava brilhando. Esse corredor saia para o hall de cima, em frente ao quarto do ministro de disciplina e em seguida o estudão. A direita, os dormitórios e a escada para o hall de baixo.
Nas duas fotos a direita, uma classe de aula, no corredor de baixo, ontem e hoje. A lousa ainda é a mesma, a porta também, inclusive com aquela etiqueta que indicava o nome da série. Na foto a turma de 59/60. Em 1968, minha classe fez aí a 4a. série ginasial.
Interessante é que sempre comentávamos que deveria ser triste voltar lá, mas acho que imaginávamos tudo abandonado, desleixado. Mas ao ver como está bem cuidado, a modificação da finalidade das salas não descaracteriza as lembranças. É uma situação e emoção muito prazeirosa que recomendo a todos vocês. No dia 28/03/09, talvez consigamos entrar lá para uma visita e vocês verão que a sensação é bem gostosa.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Visita ao EX-SIC

Combinado com o Aluizio e o Rocha, 9:30 da manhã chegamos a Curia em Campinas.
Encontramos lá o Cônego Veríssimo Sibinelli (Cibinel), nosso comparsa em nosso empreendimento.
Deixamos com ele a contribuição para garantir a data de 28/03/09, na casa de Eremon, para o encontro.

Como é estranho voltar a lugares que deixamos há muitos anos. Apesar de tudo estar mudado, a mente não acompanha e a gente fica enxergando as coisas como eram. Passamos em frente ao colégio Pio XII, que no lugar daquele portãozinho por onde fugíamos, hoje há uma portaria com guarda e a carteirinha, disseram que é um cartão magnético....rsrsrs...

Em seguida fomos ao prédio na R.Regente Feijó, na altura do largo do Pará, onde há 40 anos mora o Pe. Sena.
Eu estava meio nervoso com a expectativa de revê-lo após 36 anos. Tinha na cabeça aquela figura de homem forte, ereto, altivo, fala mansa, olhar inteligente... Cuida dele uma jovem senhora e uma auxiliar. Uma grande porta de vidro, no segundo andar, dá entrada a um living e a porta para o apartamento. Uma grande sala tendo a esquerda da entrada um meio balcão em alvenaria separando a pequena cozinha (apenas com geladeira, fogão e uma pequena mesa) da sala de estar com um sofá e tv. E junto a janela de vidro uma mesa de 6 lugares e lá estava ele sentado. Naquele momento havia um padre também fazendo visita. A mulher que cuida dele deixa a gente bem a vontade, passa prá gente que ele é brincalhão com ela e com um nenê, filho dela que fica lá. Disse que levam-no a passeio no jardim, na catedral, na curia...
A primeira visão pôs toda aquela imagem por terra. Bem magro, pouco resta da feição e do cabelo escovinha, mas não é trêmulo. Ao ser apresentado pela mulher ele me estendeu lentamente a mão com a palma virada para baixo e me olhou e eu senti um olhar de indiferença. Uso essa palavra na esperança de não aceitar que ele não me reconheceu, mas acho que não reconheceu mesmo. Não pelo tempo, porque trabalhei com ele na Curia, mas pelo mal de alzeimher. É a primeira vez que olho nos olhos de um sofredor desse mal e é impressionante sentir que a pessoa não sente nada... Dizem que sente... mas pela frieza do olhar penso que não. Ele não falou uma palavra o tempo todo e sempre é tratado pela senhora e por todos como se estivessem falando com uma criança. Alguns leves movimentos de cabeça deixam transparecer se quer ou não algo.
E no fim saimos de lá levando aquele enigma do tempo.... com uma sensação de impotência... Apesar de termos desistido de pedir para que ele seja levado na nossa missa, a senhora encarou naturalmente e disse que dependendo do dia, ela sabe se entender com ele, é bem possível que ela o leve.... veremos no tempo certo.

Depois fomos à mansão dos Oliveiras, almoçar. Fomos gentilmente recebidos e bem tratados pela família do irmão Aluizio.

As 13:30 h dirigimo-nos para a capela do Seminário. Agendamos com a secretária a data da missa, fizemos as fotos que vocês podem ver no álbum e fomos para a casa Eremon. Não sei o significado desse nome, mas fica em toda aquela parte que fora antigamente cedida para o Curusilho. Construiram uma Capela, uma sala grande para reuniões, um belo refeitório com uma grande cozinha.

Bem, sempre fui temeroso em voltar lá e também sempre ouvi a mesma coisa de muitos e talvez por isso tenha demorado para realizar um encontro lá. Mas posso garantir que está um lugar muito agradável. Será inclusive interessante para nossas acompanhantes pois ainda tem muito espaço para se andar, muitas árvores e jardins e será muito agradável. O refeitório é muito bem cuidado e tudo muito limpo. Será possível fazer um almoço muito agradável também. Há uma grande sala de apresentações que poderá nos fazer dispensar o auditório para fazermos a parte final. Nessa parte final pretendemos fazer um showzinho de Reminiscências. Uma parte de reminiscências literárias e outra musical. Isso tudo vamos trabalhar a partir de agora.

Ficamos otimistas e publicamos as fotos para incentivar a todos para reservarem desde já o dia 28/03/09 para essa nossa grande festa. Sabemos que uma grande maioria já nem sabe mais como se reza uma missa. Mas há uma parte que sabe. Então fiquem tranquilos que não improvisaremos nada para cima de vocês. Só pedimos a sua presença e família com a intenção de rever algumas coisas boas do nosso passado. Tentaremos realizar uma celebração diferente com hinos gregorianos, um talvez em latim e outros a moda antiga. Contamos com a colaboração de todos e comparecerem para o início as 10:00 h da manhã.

Bem, a primeira parte foi cumprida satisfatoriamente, que era o local e aprovado.

Os amigos podem nos ajudar a justificar esse blog, denominado diálogo, e no Comentários, dizerem o que acharam desse nosso novo objetivo.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O Espírito da "coisa"

Eu fui para o Seminário ao completar 12 anos de idade, no mes de janeiro. Isso foi em 1965 e foi já na 1a. série do ginásio, juntamente com uma turma que lá fizera, em 64, o admissão ao ginásio. E lá fiquei até 1973 e lá deixei toda uma boa parte da minha juventude. Vi muitos que se foram logo, outros depois de alguns anos; novos que vinham e iam, mas no fim restamos 6 quando o Seminário se tornou PUCAMP.
Passados 40 anos começamos a nos reencontrar. Qualquer pessoa que nos ouça dizer que estamos fazendo encontros de confraternização logo pensa em turmas de escolas, faculdades, etc.
E realmente há muitos disso por aí. Encontram-se para um bom papo e falam dos tempos que estiveram juntos com um determinado fim, mas guardados os limites da vida pessoal. Muitas coisas não são de interesses comuns.
Entre nós também, nesse intervalo de 40 anos, muitas coisas também não são comuns. E a maioria se separou logo depois do colegial; muitos conviveram apenas 2 ou 3 anos mas mesmo assim parece que depois de tanto tempo sentimos que há um "espírito no ar".
Ele se manifesta nas recordações dos casos, histórias, aventuras, broncas, etc. Mas isso também acontecia em qualquer outro lugar. Então há algo mais profundo que nos atrai para esse passado incomum.
Começa com a despedida da família, logo tão cedo. As vezes fico arrepiado só em pensar em um filho meu, aos 11 anos, saindo sozinho para a estação de trem para ir para outra cidade, como eu fazia. E os dias e noites lá distante, como estaria? E se adoecesse, se tivesse fome, se sentisse com algum problema, estaria incomunicável.... Não!!! estaria nas mãos de Deus! Era assim que as famílias se consolavam.
Os primeiros dias foram muito estranhos. Lembro-me quando acordei e fiquei olhando para o teto totalmente estranho. Demorei um pouco para cair na real e aceitar que aquele não era o teto de minha casa e logo me veio a mente que também não estavam por perto minha mãe e irmãos. Lancei um olhar para o lado e aquela fileira de camas, de uma camerata para a outra. Em cada cama um ser como eu. Isso deu um pouco de coragem. Aliás era a visão dos amigos ao redor, a imitação dos maiores pelos menores, que dava o apoio necessário para se firmar na vida comunitária. Em seguida, tudo era feito lado a lado. Na capela, no refeitório, na classe e nos recreios. Todos participavam das tarefas para manutenção da vida interna, do acordar até o adormecer. Isso dava um sentimento de cumplicidade, como dizia Saint-Exupèry em O pequeno Príncipe, significava criar laços. Era muito diferente de simplesmente ter um amigo de escola, por determinadas horas apenas e depois cada um para seu lado. Vamos ilustrar mais esses "laços": engraxar sapatos, trocar as roupas de cama todo sábado, manter aquele armário mofado em ordem, arrumar impecavelmente a cama todo dia, ir para a capela de agasalho, manter os cabelos cortados e penteados, manter as carteiras em ordem, por dentro e por fora, participar de turmas de limpeza, não jogar "paperzinhos" pelos pátios, não gritar, não xingar, não brigar, nada de farra.... e as atividades: roupeiro, sapateiro, enfermeiro, bibliotecário, monitor, boleiro, chefe do conselho, lider de classe e na parte religiosa: acólito, leitor, turiferário e cerimoniário. Mas também a parte gostosa: os jogos de mesa, futebol de campo e salão, basquete e vôley e até bocha. Os shows e os filmes. E uma das coisas que mais nos enlaçou, eu penso, era o espaço enorme dos campos, separados pela longa avenida da gruta. E aquela escadinha do campo de baixo, onde a gente sentava nos sonolentos recreios do almoço e olhava para o bairro ainda embrionário e as colinas ao longe. Um amplo céu azul ensolarado e a gente ficava conversando....o que falávamos?...aos 12 anos....aos 13....15...17...20.... É meio inimaginável hoje pensar em uma vida crescendo assim...
Bem, mas penso que foi então que se criou "o espírito da coisa". Não esperem que eu explique, tentei ilustrar apenas, mas o sentimento que nos atrai hoje deve estar no coração e na imaginação de cada um. Se não estiver mais então você será apenas um ex-seminarista.





domingo, 9 de novembro de 2008

Primeira conversa

Quem somos e nossa história podem ser conferidas no site.
Nossa comunidade pode ser vista nos álbuns de fotos.
Assim, pensamos que mesmo para os amigos que estão chegando agora, não seja necessário nos identificarmos mais.
Estamos notando pelos acessos que há gente de Rio das Pedras, Mogi Guaçu, São Paulo, etc que imaginamos serem amigos ex-sic ainda não identificados. Se forem gostaríamos de tê-los em nossa lista de contatos para os futuros encontros. Se não quiserem colocar no Comentários aqui, podem escrever particularmente para joseclaudio.grego@yahoo.com.br e manterei sua privacidade.
Gostaria, nesse início de conversa, já ir lembrando os amigos para ficarem de olho no site, no item Encontro Especial que será dia 28/03/09.

SOLILÓQUIOS

Caros amigos EX-SIC e amigos visitantes,

Este blog é complemento do site http://sites.google.com/site/exsicampinas. Assim, entrando no site, você terá acesso pela barra lateral a tudo o que temos na internet.
No site está quem somos e toda a história do EX-SIC (Ex Seminário da Imaculada de Campinas-SP nos anos 40/50/60/70).
Pelo site você acessa também as centenas de fotos que estão nos álbuns Picasa.
Entrando no SOLILÓQUIOS e clicando no link http://ex-sicampinas.blogspot.com/ você já estará aqui nesse blog.
Pretendemos colocar aqui nossas recordações da vida de internos e da história do EX-SIC.