sábado, 24 de março de 2012

...a dura militância comunista que mantive por muitos anos quase foi uma continuação de compromisso religioso pois também proliferavam dogmas e hierarquias

O nosso entrevistado de hoje atuou em várias frentes, aqui e alhures, para cumprir um ideal. Um ideal que germinou ainda no tempo de ex-SIC.

Quem seria este autodefinido hispano-brasileiro-baiano? Curtam as suas respostas em estilo portunhol! 

Uma dica? Ele é um dos que aparecem na foto ao lado 
 
  • Quando entrou para o ex-SIC?
Sou da turma do ano 1965.
  • De que cidade/paróquia?∙
Fui indicado para o exame admissional pela Paróquia São Benedito de Limeira se bem fazia anos que havia mudado para São Paulo mas os vínculos da família com a Paróquia e com o Padre Gustavo eram fortes e continuava frequentando nas continuas viagens para a casa de meus avos na praça Ação Duarte em Limeira.
  • Por que entrou para o seminário?∙
Estava com 12 anos, nessa idade pretender que foi por vocação é absurdo, fui por que tinha meu primo Celestino há quase dois anos por lá e me contava que viviam livres com campos de futebol e brincadeiras o tempo todo, essa foi a principal razão ou seja a vocação para brincar e jogar muita bola.
  • Quantos anos tinha quando entrou?∙
12 anos
  • Quando saiu do ex-SIC?∙
Até hoje tenho duvidas se permaneci um ano ou dois mas pelas lembranças tenho quase certeza fiquei quase dois anos portanto devo ter saído no ano 1966.
  • Quantos anos tinha quando saiu?∙
14 anos.
  • Por que saiu do seminário?
Na verdade eu já pensava em sair pois não tinha resistência a sessão diária de missa e novas medidas disciplinares introduzidas mas de vez em quando ao ler e ver certas coisas que afetavam minha nascente percepção social provocando sentimento de revolta ante as injustiças, interpretava essa inclinação em sentido religioso e pensava que começava a ter a tal da vocação que tanto se falava e ficava na dúvida de sair ou continuar mas uma tarde o Pe. Vanin me ajudou pondo fim às minhas dúvidas, fui dispensado por que a direção não tinha dúvidas que eu não tinha vocação pois era muito inquieto.
Na verdade hoje olhando no tempo nossas maiores aprontações eram coisas simples provocadas pelo ativismo infantil mas naquela época e naquele meio causavam alvoroço.
Lembro de pular o muro para ir ao bairro do Paieiro, talvez alguma vez para procurar algum cigarrinho, mas outras vezes foram para comprar o jornal e recortar para o mural da classe com o resultado das eleições municipais ou fotos da rodada de futebol, tinha verdadeira obsessão em manter o mais atualizado possível esse mural até criei alguma história em capítulos que lá publicava.
No quesito aprontações também lembro de haver formado parte daquele incrível grupo de seminaristas que deu de adaptar à realidade o personagem de Ari Toledo que comia giletes na praia de Copacabana, aliás depois comprovei a letra dessa música de forte conteúdo social é de Vinicius de Moraes e Carlos Lyra, acho que tudo foi provocado por uma aposta e um grupo mais desafiante fomos ate as últimas consequências ainda bem que o limite desse grupo ficou nesse lance absurdo e não se tratava de uma roleta russa ou o desafio automobilístico de “rebelde sem causa”.
  • O que aprendeu no ex-SIC?
Sem duvida o que mais aprendi foram dois ensinamentos que até parecem contraditórios mas que de fato se complementam e são fundamentais na educação adolescente, ali aprendi a viver autonomamente já que devíamos nos virar sozinhos e ao mesmo tempo vivíamos integrados em um solidária vida em grupo portanto o SIC era, além de reconhecida qualidade como escola convencional também uma ótima escola de vida.
  • O que faltou aprender?
Talvez, escrevo imaginando as carências daquela idade, um pouco mais de integração na vida normal daqueles anos evitando os golpes emocionais e choques de realidade que nos esperavam ao sair e comprovar como era dura a vida fora daqueles isolantes mas também protetores muros.
  • O que fez depois que saiu?
Muitas coisas alguma das quais ainda ando fazendo, vivo e vivi experiência de vida diversas e muito diferentes entre si. A modo de resumo dizer que ao sair fui morar em São Paulo, depois aos 17 anos fui para Taquaritinga dirigir com meu avó a filial da empresa familiar de industrialização de laranja que tínhamos em Limeira.
Aos 18 a percepção social voltou a se manifestar com força e fiquei quase um ano no movimento hippie viajando de carona pelas estradas e paradas estratégicas em alguns dos templos do movimento como as dunas de Ipanema, aldeia de Arembepe e Festival de Inverno de Ouro Preto.
No ano 1973 fui para a Espanha, por certo sou espanhol de nascimento, vida marcada pois já fui emigrante aos 4 anos de idade. Voltei e por lá permaneci por longos 27 anos quase todos em Barcelona, primeiro integrado na luta contra a ditadura franquista depois como militante e como dirigente político e sindical no Partit Socialista Unificat de Catalunya e na central Comisiones Obreras, havendo recepcionado e acompanhado Lula e outros dirigentes das emergentes organizações da CUT e PT.
Nos últimos anos em Barcelona fui responsável por projetos de cooperação no sindicato e voluntario em algumas ONG´s o que me permitiu viajar e conhecer diversos países e projetos transformadores especialmente na Américo Latina e norte da África.
No ano 2.000 voltei a morar no Brasil concretamente na Bahia vindo para ajudar em uma nova fabrica da empresa Sol Embalagens na cidade de Camaçari da qual meu irmão é acionista majoritário, além da direção fabril participei ativamente na ONG Instituto Sol vinculada a empresa e que desenvolveu inúmeros projetos sociais. No ano 2008 finalizei essa etapa fabril familiar e administro até hoje o Boteco de Vilas que significou outra experiência vital.
  • Estudou o que?
Ao sair do seminário inicialmente me mantive no âmbito da educação religiosa matriculado no Colégio dos Agostinianos em São Paulo depois, ao terminar o ginásio devo ter ficado apressado na vida optando pelo sistema madureza (atual supletivo) no Colégio Santa Inês e a base de exames itinerantes terminei o colegial depois, ao voltar de um tempo de trabalho no interior, iniciei o cursinho para vestibular de comunicação no Objetivo porém acabei abandonando e cai literalmente na estrada com o movimento hippie depois fui para a Espanha onde fiz dezenas de cursos mas não voltei a frequentar o ensino regrado.
  • Qual sua trajetória profissional após a saída do ex-SIC?
Durante a juventude ainda aos 16 anos trabalhei por um tempo de office boy nos Diários Associados da rua 7 de abril em São Paulo o que me obrigou a viver a experiência de estudar pela noite, no ano seguinte trabalhei em uma empresa familiar e resumindo dizer que na Espanha trabalhei no setor da construção, hotelaria e como guarda municipal porém durante muitos anos a dedicação era quase em tempo integral a função de sindicalista.
  • Trabalha ainda?
Como disse estou finalizando essa intensa fase de trabalho em um bar noturno com musica ao vivo e provavelmente a partir de agora me dedicarei a uma vocação que percebi em mim em meus anos de seminário mas andava meio adormecida, penso me dedicar a escrever, com certo estilo portunhol, ou seja o mais próximo possível de chegar a ser chamado de escritor e já estou com uma obra próxima de ser lançada.
  • Casou?
Casei três vezes inicialmente com uma chilena chamada Halime com a qual tenho meu filho Pablo hoje com 33 anos que mora em Almería no sul da Espanha, depois me casei com uma catalana chamada Inma com a qual tenho meu filho David hoje com 23 anos que mora em Barcelona e por fim com a baiana Janaina com a qual vivo na Bahia com nossa filha Maria Mariana hoje com quatro anos.
  • Netos?
Eu até já estou preparado para ser avô mas acabei sendo novamente pai.
  • Quais as recordações mais marcantes do tempo de ex-SIC?
As recordações são sempre relacionadas com os bons momentos de lazer lá vividos, lembro ter ajudado, como um dos responsáveis entre os menores, de duas iniciativas que serviram para muita animação, uma foi a realização por primeira vez de um curso de árbitros de futebol entre os próprios menores o que derrubaria o tabu de que não tínhamos autoridade para arbitrar, contamos com o apoio do Felício que era o responsável entre os maiores.
Participei na fase preparatória e na organização da viagem da seleção de futebol dos menores para um jogo em Sumaré para mim foi gratificante pelo fato em si e por ser muito amigo do pessoal de Sumaré Adebrail, Deboni. Mondini. Ongaro e Paulo Moraza alias no Mural da classe era habitual fazer irônicos artigos incentivando a rivalidade entre Limeira e Sumaré.
Por certo sem querer o Concílio Vaticano II foi nosso aliado já que para confirmar a viagem foi graças a suas novas normas permitirem que os viajantes fôssemos a missa de sábado pela noite na paróquia do bairro assim pudemos iniciar bem cedo o itinerário até a estação de trem liberando-nos do pecado de faltar a obrigatória missa dominical.
Minha memória ainda conserva nitidamente o incontrolado momento de nervosismo quando aquele jogo começou ao misturar a emoção e ao mesmo tempo o susto pelas dimensões do enorme estádio municipal que nos recebia como equipe visitante. Não lembro quem era o rival e nem o resultado mas acho que empatamos.
Também teve um toque emotivo quando organizamos um pequeno grupo e fomos visitar a Irmã Ivani que deixara de ser nossa estimada professora de português ao mudar sua residência do Seminário para um outro colégio religioso.
  • Cite um personagem com quem conviveu na época e que o impressionou positiva ou negativamente.
Sem dúvida Monsenhor Bruno Nardini foi a figura mais marcante, admirável ao estar sempre presente sem necessariamente se fazer notar. Também recordo com carinho Padres Canoas e Daolio, Irmãs Leonor e Ivani e dos seminaristas nem cito minha turma por que são todos e cada um de gratas lembranças, das outras turmas me marcou meu primo Celestino por sua inteligência e sua continua capacidade de aprender, lembro também dos bons artistas plásticos, da bola e da música, isso me levou muito a admirar o saudoso Paulo Cesar Provinciato que era ao mesmo tempo excelente desenhador e dono de uma mortífera canhota no campo inclusive seu primo Luís Alberto era de minha turma também inigualável no desenho mas quase nem jogava bola.
Minha admiração na bola entre os menores lembro de Israel, a turma de Amparo Pitarelo, Humbertinho e Mozar, nos médios Gersinho autêntico craque que nada deixa a dever a um Neymar por exemplo e nos maiores Bie, Boizão, Santana, Bartolo, Chico e o já citado Paulo Cesar.
Também tive a sorte de ter sido guiado em meus primeiros dias do SIC por um personagem único como o saudoso Nelson Bom na sua função de anjo.
  • Sobrou alguma mágoa?
Muito pelo contrario só sobrou o reconhecimento e as boas lembranças dos anos ali vividos, ao sair, morando novamente em São Paulo, em duas ocasiões fui de visita ao Seminário sinal do bem que me senti por lá.
  • Se voltasse no tempo iria novamente para o ex-SIC?
Provavelmente sim
  • Por que?
Para me sentir livre mas ao mesmo tempo em vida comunitária e para brincar e jogar muita bola.
  • Quais as principais mudanças que a entrada (e/ou saída) do seminário provocou em você?
Entrei quase ainda criança recebi ótima formação letiva que me fez contemplar a vida desde um
ponto de vista mais humano e social portanto mais justo.
  • Dedica-se à Igreja Católica atualmente?
Na verdade desde que sai praticamente não tive mais nenhuma dedicação a igreja se bem que a dura militância comunista que mantive por muitos anos quase foi uma continuação de compromisso religioso pois também proliferavam dogmas e hierarquias, e mesmo fora formalmente fiz de algumas figuras relevantes parte de minha galeria de heróis como Helder Câmara, o bispo catalão brasileiro Pere Casaldaliga, Dom Paulo Evaristo, Dona Zilda Arns, Padre Camilo Torres, Dom Oscar Romero, Frei Beto, Ernesto e Fernando Cardenal e diversos "curas obreros" ou seja padres operários que conheci pela Espanha.
  • Qual sua relação com a religião atualmente?
Hoje com muito respeito me defino como agnóstico em relação a religião.
  • Como você compara a sua religiosidade daquela época com a atual?
Acho que naquela época o fator religioso se expressava pessoalmente como uma continua espera de que algo viria nos iluminar e encontraríamos respostas a todas nossas dúvidas teológicas. Agora, falo por mim claro, já não se esperam essas aparições e nem respostas milagrosas.
  • Como você compara a Igreja Católica daquela época com a atual?
Na verdade nem naquela nem na etapa atual eu desenvolvi apego a igreja como instituição milenar e nem me identificava nos aspectos religiosos mais dogmáticos ou na vertente da fé desde uma contemplação mística sempre pensei que o paraíso devíamos fazer tudo o que fosse possível para que existisse aqui mesmo na terra.
  • O que você acha dos reencontro com os ex-colegas do ex-SIC?
A melhor ideia dos últimos tempos e não canso de reconhecer esse grande mérito ao Grego com seu incessante trabalho e aos muitos que lhe acompanham em todo o trabalho prévio, pena que minha dedicação dos últimos anos impediu minha presença mas agora com certeza não faltarei a nenhum. Por certo tenho como vizinho de cidade meu amigo Paulo Venturoli era de algum curso anterior ao meu mas hoje de quando em quando nos vemos para um bom papo.
  • Qual pergunta você gostaria de ter respondido e que não foi feita?
Se me perguntam de onde sou às vezes fica difícil me fazer entender, mas há muito tempo me defino como um paulista catalão ou vice-versa, se bem não nasci nem em São Paulo e nem na Catalunya, sou um andaluz de Almería mas o que conta é onde se recebe a formação e a cultura para ir navegando e caminhando na vida por isso agora também já começo a ser baiano ao completar doze anos de residência.
Por certo até hoje tenho pendente conseguir formalmente a nacionalidade brasileira quando parecia que o longo processo administrativo chegava ao fim emergiu uma detenção que tive no ano de chumbo de 1973 na Praça da República em Belém junto com outros hippies na mão de um violento delegado que me fez passar vários dias na penitenciária e mesmo sendo liberado por uma Juíza sem nenhum tipo de cargo ficou uma ficha na delegacia, por certo registrado como brasileiro, que me acusava de suposto traficante de maconha, por essa razão se paralisou o processo de naturalização mas na verdade isso hoje nem me altera pois mesmo sem nunca ter sido de direito nunca deixei de me sentir tão brasileiro quanto espanhol.
  • Há algum outro endereço na internet que tenha mais informações sobre você?
www.botecodevilas.com.br ou também no www.institutosol.com.br mas esse último acho que já esta meio fora do ar.
  • Alguma mensagem especial aos colegas da comunidade ex-SIC?
A recomendação da leitura do livro do Grego tanto como método de recuperar memória como pela valentia em abordar temas tabus.
 
Tadeo Sanchez Oller

E então? Curtiram sua trajetória de vida?

Curtindo ou não, vocês sabem como é estimulante ler os comentários dos colegas, principalmente os que conviveram com ele. Só não deixem de identificar-se caso comentem como anônimos.

8 comentários:

  1. Primeiramente, para o parceiro JRCRocha, ficou genial ilustrar mais, colocando aquela foto no começo. Tadeo, a turma de amigos a qual vc se referiu está aí...que emocionante, mirar os amigos nessa foto e imaginar aquele momento do tempo como você relembra brilhantemente em seguida.
    O Tadeo, para quem não sabe, e modéstia dele, é irmão do Andrez Sanchez, ex-Presidente do Timão...assim como é modéstia não falar das obras sociais que a empresa dele faz por aí.
    O Tadeo faz parte de uma grande parte da meninada que ia tentar o SIC e não entravam em acordo resultando na saída precoce, o que foi muito normal. Mas faz parte de uma minoria que mesmo vivendo apenas 1 ou 2 anos guardaram uma forte recordação, um forte vínculo, porque não? E agora, ao nosso chamado, se colocam admiravelmente a expressarem com muita maturidade e a gente fica feliz nesse diálogo histórico.
    O Tadeo entrou em 1965, minha turma, e saiu mesmo no meio de 1966. O episódio da Gillete, quando em desafio, comeram pedacinhos da lâmina, deixando o Pe. Faur de cabelo em pé foi em 1966, primeiro ano do Faur como ministro de disciplina.
    Relendo o jornalzinho O Circular, está lá o Felício, T-60, então no Colegial, tentando organizar esse curso de árbitro, como disse o Tadeo. Mas seu Felício, para nossa tristeza, não gosta de ... Mas me recordo que durante muito tempo todos os jogos eram apitados pelo João Mário Cerqueira (figuraça)(T64), que deve ter sido resultado dessa iniciativa.
    A Irmã Ivani, eu a conhecia como Vilanin, talvez Ivani Vilanim, professora de Português, que também deixou o SIC em 1966.
    E o Tadeo prestou muita atenção nos eventos do SIC e gosto dele porque, entre tantas críticas ao SIC, ele sabe reconhecer que coisas e pessoas talentosas se iniciaram lá.
    E pessoal, nessa nova edição das entrevistas, já foi publicado a semana passada a do Luis Martins (T1966), temos agora o Tadeo e a próxima também dará muito o que falar.
    Sei de muita gente entre nós que também tem coisas fascinantes que poderia nos contar. Pô gente, escrevam-nos, estamos entre amigos e não precisa levar pelo lado da mesmice das perguntas. Podem dispensá-las, apenas se orientando por elas, como fizeram alguns, inclusive até evitando alguns temas. Participe!
    Abç e obrigado Tadeo.
    Grego

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    1. Oi Grego boa noite e valeu pelas suas palavras, lembro bem de toda essa turma da fotos e dos restantes da classe aliás é só esforçar um pouco a memória que posso até lembrar de momentos vividos com cada um, fiquei pouco mas fui muito atuante por lá. Lembra de quando iamos pelos pátios procurando gente que falasse as palavras erradas ou concordancias verbais mal colocadas e pediamos que assinassem reconhecendo o erro e assim as turmas somavam pontos acho que isso era parte das aulas de portugues uma espécie de ginkana.

      Também lembro dos ensaios comicos para o teatro, eu cheguei a preparar textos de toda uma adaptação da Praça da Alegria, se bem permaneceu inédita comigo mesmo, ali tinhamos outro grande talento comico que permaneceu pouco no SIC era o Zinho de Limeira, lembra dele?

      O Andrés é meu primo-irmão mas é como se fosse mesmo irmão pois desde criança temos muitas vivencias juntos no Brasil e na España, se bem ele é dez anos mais jovem, aliás como o nome Tadeo prolifera na familia ele tem um irmão que se chama Tadeo só nos diferenciamos nos sobrenomes.

      Em relação aos projetos sociais claro que alguma influencia tive mesmo por que como disse sou meio especialista no assunto mas mérito maior era dos proprietários da empresa meu irmão José e o próprio Andrés também como sócios que investiam seu dinheiro, um desses projetos ainda vive e esta ai perto em Limeira na Paróquia Santa Luzia no bairro de Vista Alegre onde com o saudoso Padre Mauricio construimos uma padaria solidária e outros projetos, mas mesmo sem o vinculo formalmente religioso tivemos projetos admiráveis como Dona Zilda Arns fabricando e doando para a Pastoral milhões de colherzinhas de soro caseiro ou com a Cáritas na Bahia com a qual construimos duzentas cisternas de captação de água de chuva em cidades do sertão. Enfim momentos inesqueciveis.

      Um grande abraço e com certeza agora sem o bar noturno estarei com Voce no próximo encontro.

      Tadeo.

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  2. Tadeu, é o Daólio. Obrigado pela menção. Caramba, biografia incrível!!! Você me deixou em dúvida: quanto pensava em você será que estava me confundindo com o Celestino? Acho que ele ficou mais tempo no seminário do que você.
    Luiz Carlos Daólio

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  3. Oi Daólio boa noite, pois é o Celestino ou Cele como o chamamos na familia ficou muito mais tempo que eu ele completou o ginásio a senão me engano fez um ou dois anos de colegial, ele chegou até a ser convidado formalmente para ir estudar em Roma mas acabou optando por sair. era também muito ativo na turma dos medios e de admirável capacidade de aprender destacando em latim, matemáticas, frances e ingles isso que eu me lembre.

    Grande abraço e até breve

    Tadeo.

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  4. Olá Tadeo, É interessante saber que fazemos parte da memoria das pessoas, ao ser citado na sua entrevista.Infelizmente, talvez por ser da turma dos maiores, nós não conheciamos bem os menores pelos nomes, mas com certeza fizemos parte da vida de cada um. Realmente aquele time era bom. Daquele time tenho contato apenas com o Gabriel ( Bié ) o zagueiro. Fui "resgatado " há pouco tempo pelo GREGO que conseguiu contato comigo. Participei de 2 encontros da pizza do Paierão, nas Perdizes em São Paulo.Espero que nos encontremos no proximo churrasco. Um grande abraço. Santana.

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  5. BOA NOITE, TADEO. MUITO BOA SUA ENTREVISTA. VOCÊ DIZ QUE É DA TURMA DE 65, EU CONCLUÍ O SEMINÁRIO MENOR NO FINAL DE 65. VOCÊ MENCIONA O NELSON BOM, ELE DEVE TER FALECIDO ANTES DE 65. MAS, DE QUALQUER FORMA, TENHO O PRAZER DE CURTIR SUA ENTREVISTA, CADA UMA ME FAZ RETROCEDER NO TEMPO E ENTENDER ALGO QUE HAVIA FICADO OBSCURO.
    VALEU, AMIGO, ATÉ MAIS VER.
    UM ABRAÇO DO LÚCIO

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  6. Oi Lucio boa noite, realmente as vezes a memória nos faz duvidar de fatos mas neste caso tenho certeza que nosso grande amigo Nelson Bom me acompanhou na recepção dos primeiros dias no Seminário e até quero lembrar que em uma viagem dos menores a chacara ou a prainha Azul de Americana ele foi o motorista da kombi.

    Com certeza a gente se cruzou naqueles espaços seja no 1965 ou quero lembrar que no ano seguinte os menores fizemos uma excursão a São Pàulo e passamos pelo Planetário no ibirapuera, no Museu do Ipiranga e depois ajornada acabou com uma visita recepção no seminário Maior provavelmente voce estaria por lá. Grande abraço e até nosso próximo encontro. Tadeo.

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  7. Olha a foto da turma da 1a. e 2a. séries antes do embarque para o passeio a São Paulo, no início de 1966.
    O organizador foi o Prof. Aparecido Luciano Queiróz e o Pe. Faur.
    Visitamos o Butantã, o Zoológico e no Ipiranga, o Planetário, o Museu dos Bandeirantes e demos uma leve passada no Seminário....mas nem um cafezinho nos serviram....rs...rs....
    Lá estavam os nossos últimos dos moicanos: Lucio, Malvestiti e Divino.


    Nelson Bom faleceu em 22 de julho de 1966, em um acidente. Era um dos maiores mais queridos pelos menores. Além de dirigir a Kombi em passeios, retiros de classe, e para a Helvétia, era participante no jornal, passava filme aos sábados,
    atuava nas peças de teatro, era sempre Cerimoniário nas missas solenes de domingo e a gente o chamava: a prova que o homem veio do macaco, porque era peludo demais..... e ele ria e tinha uma voz forte....


    Grego


    Amigo Lucio boa noite, nossa amigo Grego, enciclopedia viva daquela época, acabou com nossas dúvidas aliás lembro bem que meu primo Cele quando me apresentou Nelson como meu "anjo" fez uma brincadeira sobre a densidade de pelos. A foto da comentada viagem é mesmo a melhor tradução daquela época e daquela turma. Valeu Grego e grande abraço. Tadeo.

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