Viu o ex-SIC “nascer” enquanto seminarista menor.
Vocês lerão abaixo uma entrevista onde a emoção é contida. Em compensação está repleta de lúcidas e instigantes reflexões. É uma entrevista para ser lida com calma e sem atropelos. Provavelmente farão uma segunda leitura para captar toda a riqueza do que foi escrito.
- Quando entrou para o seminário?
Entrei no Seminário Menor de Campinas em 1947, onde permaneci até completar os seis anos de estudo, em 1952; seguindo para o Seminário Maior, no Central do Ipiranga, em S.Paulo. Fiquei três anos (47-49) no prédio da Avenida Saudades (Dom Barreto) e três anos em parte do Diocesano (‘ruínas pre-históricas’ como dizíamos, pelas constantes reformas), ao lado do Bosque. Visitávamos as obras do seminário novo, como passeio. Fiz filosofia e um ano de teologia no Central do Ipiranga, completando esta na Universidade de Comillas, Espanha, de 1957 a 1960, junto com o hoje Dom Antonio Celso Queiroz.
- Saiu de que cidade/paróquia?
Nasci em fazenda do meu avô em Capivari-SP e meus pais mudaram para Indaiatuba em fim de 1944. Em julho de 45 já era coroinha, da Igreja Matriz N. S. da Candelária. Pe. Antonio Janoni, vigário, muito amigo dos coroinhas, levava-nos aos domingos após a Benção do Santíssimo (Não havia missa vespertina então) ao sorvete e ao cinema. Tive entre os primeiros amigos o Renato França (Padre falecido), coroinha, que em 46 entrou para o seminário. Minha vida se dava entre as atividades da paróquia, aulas, o pingue-pongue no salão paroquial e as peladas de sábado no campinho atrás da igreja.
- Por que entrou para o seminário?
Tinha 13 anos quando entrei no seminário. Tinha traços pessoais fortes para o mundo religioso. Por conta, lia ‘’A História Sagrada’, partes da missa num “Segundo Catecismo”. Por ele acompanhava a celebração sem rezar o terço, como o povo todo fazia então. Minha família, parentes, eram todos católicos praticantes, de origem suíça, língua alemã. Via pais, tios e tias, certas noites, reunidos na sala maior da fazenda, rezando o terço, com ladainha em latim. Aquele ‘Ora pro nobis’ sonolento soou por muito tempo. A moral era rígida, palavrão jamais. Maior respeito a coisas da religião. Não senti pressão de ninguém. Meu amigo Renato já estava lá. Foi o caso talvez em que a profissão nos escolhe, não nós a ela. Acho hoje que eu poderia ter dito um não, a mim mesmo. Não era uma vontade resoluta. Deixei-me levar. O seminário foi uma continuidade do que eu já vivia. Por isso entrei, gostei, fiquei.
- Quando se ordenou? Quantos anos tinha quando se ordenou?
Ordenei-me com 27 anos, na Páscoa de 1960, 17 de abril, em Comilhas na Espanha, um grupo de 41 candidatos.
- Quando começou a trabalhar no ex-SIC?
Ao voltar da Espanha, fizeram-me dar latim e francês. Foi época de renovação pedagógica. Fazíamos encontros regionais, trocando experiências com outros seminários, tentando uma formação mais moderna, aberta. Eu particularmente sempre considerei a educação uma atividade maravilhosa. Mas tenho que nunca fui muito bom nisso. Foi um tempo muito alegre, excitante. O Brasil vivia um clima de pre-revolução em tudo: política (eleições, Cuba, movimentos sindicais, estudantis, as famosas “reformas de base”), educação (reformas do ensino, do básico ao universitário) música ( Rock&Roll, Beatles, iê iê iê), costumes ( família, sexo), a Igreja (Reforma litúrgica, questão social, “Movimento do mundo melhor”). No refeitório dos padres as discussões eram exaltadas.
- E depois?
O final anterior é para indicar porque deixei aquelas amenidades das aulas e vivência no belo e aconchegante seminário para me dedicar ao trabalho realmente pastoral junto à juventude. Aulas que eu dava um leigo daria, ser sacerdote era chegar à vida das pessoas. Mudei para o Pio XII, onde já estavam o Pe Busch (recém falecido), o Pe. Celso e o Pe. Lauro Sigrist, meu primo. Foram tempos de muito estudo, papos, reuniões, inovações, encontros, viagens, numa convivência excelente. Trabalhei na JOC (Juventude Operária Católica, movimento de Ação Católica) como assistente até 68, na diocese e quatro anos na Regional (Estado de S. Paulo). Era uma educação para a vida, dentro da vida. A melhor forma de educação cristã que setores atuantes da Igreja empreenderam. A Ação Católica estava no auge: JAC,JEC,JOC e JUC. Todos se envolvendo na mobilização política. Participei de encontros regionais, nacionais de padres, refletindo e buscando renovar a Igreja de forma mais profunda. Fizemos uma “Carta aos Bispos”, de grande repercussão. O Concílio Vaticano II e os teólogos mais abertos, com a teologia da libertação, inspiravam os rumos. A reforma litúrgica era mais aceita, mas a reforma das práticas e estruturas internas da Igreja não avançou, incomodava demais o conformismo atávico do clero e da hierarquia. O golpe de 64 seguido pelo AI-5, nos abateu muito, como à Igreja renovada, social, aberta. Com autorização do Vaticano, deixei o ministério em fevereiro de1969, tendo celebrado minha última missa na igreja do Carmo, sem alarde num dia como qualquer. No sábado seguinte peguei minhas coisas do Pio XII, coloquei na caminhoneta do cunhado e parti.
- Por que "deixou a batina"?
Vou tentar uma resposta tanto quanto consigo me entender. Parto de um estado de espírito, ou seja, conjugando o ser pensante, que somos (o explicável) e o ser sentinte, que também somos (o inexplicável). Assinalo dois fatores. Anos de convivência com os jovens e o mundo externo, profano, me revelaram a grandeza do humano: trabalhar para viver, ter família, um viver pleno. Anos de trabalho pastoral me revelaram a insuficiência do religioso, do cristianismodevocionismo desenfreado, o pieguismo, da religiosidade popular, absorvido pelos ‘serviços religiosos’, de sentido teológico duvidoso. Era um sentir fundo no confronto das exigências disciplinares e de crença com as aspirações humanas despertadas. O amor, enfim, à mulher e amar veio acelerar a decisão. Não determinante, a meu ver.
- Houve alguma represália da parte da Igreja por isso?
Direta, não. Mas, se o Cardeal Dom Evaristo Arms permitia ex-padres lecionar na PUC-SP, inclusive matérias filosóficas e teológicas, e todos colaborando na reforma universitária; de outro lado, em Campinas, era proibido na Universidade Católica. Aí, amigos, para mim é impressionante o descaso que os bispos ostentam em relação a recursos humanos. Investem muito, mandam estudar fora, em Roma, dinheiro das paróquias e os marginalizam. Saíram cabeças muito boas, ótimos alunos, professores.
- Qual sua trajetória profissional após "deixar a batina"? Trabalha ainda?
Tive uma trajetória errante ou errática. Saí para o mundo com 36 anos, com um diploma de técnico de eletrônica, que adquiri em 68, na espera da resposta do Vaticano. Não havia saldo em FGTS. Morando em S. Paulo, iniciei trabalhando, conforme anúncio, numa pequena loja de Áudio na Avenida Paulista. Dia 7 de maio tinha minha Carteira de Trabalho inaugurada, na Varig, Departamento de Telecomunicações. Em 71 troquei a Varig pelo Metrô em construção. Nesses anos fiz Complementação Filosófica em Mogi das Cruzes, como muitos outros ex, para obter o diploma de filosofia. Com ele entrei na PUC-SP em 75 e na Universidade Católica de Santos. Em disciplina de conteúdo humanista e teológico, antiga “Cultura religiosa”.
Mas deixei em 79 a PUC, ruim de finanças, ambos, e fui trabalhar com Mario Faria e Augusto Chiavegato no Inocoop Bandeirantes, ligado ao velho BNH, a projetos de conjuntos habitacionais. Mas deu-se a crise de 82, poucas verbas, tive que cair fora, demitido; mantinha as aulas de Santos. Fiz o concurso de professores de filosofia na rede estadual de S. Paulo, fruto da redemocratização, estudei prá caramba, passei, entrei em 86. Mas eis que o trabalho era demais e o salário congelado. Visando na minha idade manter padrão de vida, com três filhos, velhice decente, parti para concurso público, já que a Constituição de 88 aboliu preconceito de idade. Entrei no Tribunal Eleitoral em 92, na Receita Federal em 95. Aposentei-me em 99. Hoje, além dos afazeres domésticos, quebrar galho de filhos, cuidar da saúde, dedico-me a viver o mundo, na realidade e na Fê. E repito A. Caieiro: “Sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo”.
- Casou? Tem filhos? Netos?
Sim, casei-me, três filhos, sendo duas mulheres. Sem neto ainda. Casei-me com quem me encontrava por vezes no trabalho da JOC. Por anos nada houve entre nós. Ela morava em S. Paulo, foi dirigente na cidade, nacional e teve certas atividades em países da América Latina. Esteve presa em 70, incomunicável, por quatro meses, com toda a direção nacional da JOC, e alguns padres assistentes. Movimento subversivo. Por muito pouco não fui junto. Estava na lista. Para meu vexame, não como ameaça à segurança nacional, mas como namorado de quem o era. Confesso que vivi uma paixão, esse delírio da alma.
- Quais as recordações mais marcantes do tempo de ex-SIC? Cite um personagem com que conviveu na época que o impressionou positiva ou negativamente. Sobrou alguma mágoa? Qual?
No inicio gostei das missas pontificais na catedral, majestosas, com altar e trono imponentes, nos paramentos, nos movimentos, nas músicas. Herança das monarquias europeias, decaídas há quase150 anos. Nos divertíamos muito, nos relacionamentos, nos estudos, nos jogos. O Celso, o Longhi (ordenado e já falecido) eram cômicos. O Celso imitava professores, membros do cabido e até o bispo, D. Paulo. A grande marca para mim foi a seriedade em tudo que fazíamos, o respeito. Nunca presenciei desvios, maldades, de colegas e superiores, nem em conversas. Ou fui ingênuo. Aprendemos a prezar o conhecimento, a arte, a ética, a convivência amiga, e sobretudo nossa vocação futura. Colegas que tive como o Celso, o Busch, Herminio, Chiavegato, Mario Faria, professores como Pe. Adriano (dizia: “non scholae sed vitae discimus”), Pe. Sena, José van den Becelar (cultura humanista extraordinária), Cong. Mellilo, o Reitor, foram admiráveis em garantir esse ambiente em que passamos nossa adolescência e parte da juventude.
Mágoas, não. Era a época. Fechados ao mundo, sim. Pegando o Carlos H. Cony: sabia latim, grego, francês e temia atender um telefone. Sexo um tabu. Admira-me como conseguimos calar nossa libido. Pena não ter namorado aos 18 anos, na flor da idade. Essa experiência não pude contar aos filhos.
- Se voltasse no tempo trilharia novamente os mesmos caminhos? Por que?
O que seria eu, se não fosse ao seminário e não me tornasse padre? Teria comigo o muito que adquiri e vivi, as convivências, a fé cristã, consciente e crítica, a visão de mundo, as questões que me coloco hoje, valores supremos para mim? Certamente não. É coisa única. Acrescentando filosofia e teologia, convivemos com as bases, os problemas maiores da cultura ocidental. Cristandade e o choque da modernidade, a secularização. Não foi pouco. Precisaria no passado alguém que me pegasse nos ombros e me sacudisse: “Cara, deixa disso. Há coisa melhor”. E me acordasse, como a Kant, do “sonho dogmático”. Se encontrasse tal alguém, talvez tomaria outro rumo. Como não há volta para o futuro, aceito o passado e trilharia os mesmos caminhos.
- Quais as principais mudanças que a entrada (e/ou saída) do seminário (e/ou sacerdócio) provocou em você?
A entrada não gerou mudanças. Não tive uma namorada para dizer adeus e ter saudades. Adaptei-me. Deixar o ministério foi sim uma real mudança, como descrevi acima, cujo sentido e alcance se aprofundaram. Mergulhei no mundo, entreguei-me. Em nenhum momento duvidei da opção. Não queria apenas ganhar dinheiro, mas ficar no mundo das ideias, no debate do mundo, objetivando aulas. Me vi livre para crer ou descrer. Combinei com Deus seguir meus sentimentos, neles confiar, já que somos parte de seu projeto para o mundo. Passei a olhar o mundo, a criação, como algo positivo, belo, fascinante, que o conceito habitual de salvação relega, contradição que atormenta muitas consciências cristãs. Como o prazer e o pecado. Procurava desfazer as ilusões que toda fé promove, confiar no saber e experiência humanas.
- Dedica-se à Igreja Católica atualmente? Qual sua relação com a religião atualmente?
Não me dedico. De forma explícita. Tomamos parte, eu e a esposa, de um grupo de ex-jocistas, 15 a 20 pessoas, que se reúnem um dia inteiro a cada 3 ou 4 meses e conversam sobre o país, a Igreja, nossas vidas. Ocasionalmente frequento missas em encontros mais significativos. O grande significado da celebração, a partir da última ceia, tão rica e simples, é sufocado pelo excesso de elementos através dos séculos. Não assumo a religião no sentido habitual, que também Cristo a meu ver criticava e não assumia. Foi condenado por altas autoridades religiosas. Faço o que tem sentido. Imagino um Deus republicano, democrata, e não um monarca absoluto, cioso de submissão e louvores, como a tradição feudal ainda nos impõe. Afinal, não somos da família?
- Como você compara a sua religiosidade daquela época com a atual? Como você compara a Igreja Católica daquela época com a atual?
Do mundo religioso fechado, acrítico, salvador de almas, para o mundo aberto, real, do novo. O tom era pecado, culpa, temor de Deus, virtudes ascéticas, o céu, o inferno. Procuro o sentido humano das realidades que vivemos, família, sexo, profissão, conforto, ciências, artes, enfim o projeto de Deus sobre o mundo. Acho que Ele prefere isso, que é a realidade imediata de nossas vidas, e propicia a comunhão humana, a ficarmos ajoelhados, em orações sem fim. O espírito do homem moderno é construir sua vida e felicidade nesta terra. É um caminho real, sem ilusões, para a descoberta de Deus e amá-lo, apesar do mal que deixou ao mundo. Olho a criação como uma fabricação, em que cada coisa, cada detalhe, foi pensado, como nas construções humanas, das habilidades dos animais, da beleza das flores, à espantosa dimensão das galáxias. Sem esquecer as infinitas subtilezas da sexualidade humana.
O mundo, as sociedades, mudaram muito, a Igreja pouco. Caiu o latim, o celebrante olha para o povo, o povo participa. Outra visão. Mas, é pouco. As pessoas buscam caminho próprio. Não pedem mais conselhos à Igreja, que perdeu autoridade. Ouvem antes seus amigos, profissionais, celebridades. Exemplo na vida sexual. Fala-se tudo, abertamente. Pecado? Ninguém liga. Mas a moral segue na restrição ao prazer, tão essencial à vida, à felicidade. Todo poder cabe ao Papa, à hierarquia, no governo, na ortodoxia, na liturgia. Celibato. Papel passivo do cristão comum. Liturgia uniformizada. Privilegiam-se os atos litúrgicos, os sacramentos, confiando em sua eficácia automática. Onde fica a formação das consciências, de uma Fé por tradição para uma Fé por convicção? Falta mais igualdade, comunidade, capaz de exprimir com liberdade sua visão de fé e dirigir-se com maior autonomia.
Sem revisão bem mais profunda da teologia e da pastoral, na linha do respeito às condições humanas, a Fé cristã encontrará enormes barreiras para chegar a povos e culturas milenares tão diversas. Ou isso não preocupa mais? Para administrar o mundo, seus dirigentes possuem suas Harvard, Yale, Cambridge, seus institutos e núcleos de excelência. No embate cultural contemporâneo (secularização, educação, ciência e fé, evolucionismo, células tronco, aborto, divórcio, AIDS, hedonismo, doutrina social), a Igreja não consegue se livrar da pecha de obscurantismo medieval, perde terreno. E vêm questões mais pesadas ainda: se de fato não houve pecado original, se não existiu Adão, nem ele pecou, porque continuar a falar nisso? E então qual foi a verdadeira missão de Cristo? Como então ficam nossas faculdades de teologia, as pesquisas, as publicações?
- O que você acha dos reencontros com os ex-colegas do ex-SIC?
Acho ótimos, mas tem a dificuldade da época, de motivar colegas, e talvez com a frequência querer-se algo mais. O que? Papo sobre tema? Talvez.
- Alguma sugestão? Qual (ou quais) pergunta(s) você gostaria de ter respondido e que não foi(foram) feita(s)?
Nada a dizer
- Há algum outro endereço na internet que tenha material que gostaria de ver divulgado?
Vivaldo Ifanger
Com tão instigantes afirmações haveria um interessante debate caso houvesse vários comentários em contraposição. Ou todos concordam com o nosso entrevistado?
Concordando ou não, que tal todos os leitores postarem um comentário? Só não deixe de identificar-se, caso comente como anônimo!
brilhando, um grande abraço Vivaldo Ifanger, saudades
ResponderExcluirCaro Vivaldo
ResponderExcluirNão tive a oportunidade de conviver com você, para partilhar uma tão rica experiência. Estive no SIC por apenas um ano e meio (59-60) Mas, me lembro de você sim, de quem ouvia falar muito em nosso meio seminarístico e em nossa época... Nós os "víamos" com olhos de admiração e de muito respeito, você e os seus colegas citados, em quem víamos a conquista que certamente também almejávamos...
Parabens pela sua brilhante entrevista, valiosa não só pela riqueza de sua vida pessoal mas também pela leitura crítica que faz do contexto em que vivéramos, da trajetória que seguimos... Resta assumir mesmo a nossa contingência e finitude.
Do resto se encarregarão a história e a vida.
Abraços fraternos.
AJSeverino
Esplêndida entrevista! Cheia de experiência de vida dentro e fora da religião e amor pelo ser humano em todas as suas dimensões.
ResponderExcluirDigna do grande mestre que você foi para mim, meu maravilhoso professor de Latim. Grande abraço e meu respeito e admiração, sempre.
Vivaldo,
ResponderExcluirtenho problemas de compreender ao ler,como você sabe. Por cima, fantástica sua entrevista. Você está escrevendo muito bem pra burro. Gostoso de ler. Espero aprofundar um pouco mais sua entrevista para analisar.
Um abraço,
Chiavegato
Não conheci o Vivaldo, mas faz bem o meu jeito:"Já que perguntaram vamos falar, porque temos base para falar"
ResponderExcluirEvidentemente, o objetivo desse projeto de entrevistas não foi colocar temas a serem discutidos, muito menos criar polêmicas, mas sempre a pergunta: o que você acha?...sempre leva a divergências, pois muitos nem acham nada....
Mas espero que todos compreendam que essa é uma oportunidade de ganhar mais profundidade nesses assuntos religiosos, vindo direto de nossas raízes e que possivelmente nunca as vimos, mesmo depois de desenterradas e replantadas...
O Vivaldo vai mais fundo e deixa no ar coisas profundas que cheiram "verdades descobertas"...Ao reler todas as entrevistas constatamos na grande maioria uma História de ontem...uma mudança radical e uma posição atual de indiferença ou aquele medo de magoar, sentindo que agora, pensa diferente. O Vivaldo fala! Como também falaram outros, de formas diferentes.
Que os pensamentos paralelos se encontrem, não para dar um curto-circuito, mas para formar um novo rumo na História.
Estamos praticamente esgotados no estoque de entrevistas, com 41, o que consideramos um sucesso e agradecemos a todos por terem compreendido a base do projeto e também agradecer aos que não responderam mas participaram com comentários e à todos que participaram indiretamente acessando e lendo as pubilicações como membro do grupo ex-SIC. Acho que o Rocha, editor do projeto também pensa assim.
E agora vem aí tudo isso transformado em um Livro.
Grego
Meu amigo Vivaldo.Recordei, com sua entrevista, toda nossa vida juntos desde 1947, no D.Barreto até 1969 quando ainda morava no Pio XII, assisteente da JOC. Foram anos de amaizade e admiração que continuam até hoje. Sua entrevista, como diz Chiavegato , o poeta, é espetacular, revelando nossas angustias, alegrias e realizações, lutas e viórias, fé e dúvidas frente a uma realidade que fomos descobrindo um pouco tarde na vida. É sempre um prazer imenso encontrar você, suas idéias, via almoço de nossos encontros ou através da Internet. Um abraço.. Herminio
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