O título já apresenta uma interessante definição para ex-SIC.
Ele é um criador de frases de efeito.
Além desta há mais na sua vibrante entrevista. Leiam-na também para saber que tipo de ajuda ele está precisando.
- Quando entrou para o ex-SIC?
Em março de 1955 no curso de Admissão.
Da bela cidade de Amparo, a Flor da Montanha. A Paróquia: Nossa Senhora do Amparo, hoje Catedral.
- Por que entrou para o seminário?
Devido à vontade de ser sacerdote pela influência e torcida da família e pela freqüência assídua nos atos paroquiais como coroinha e incentivo do pároco e demais membros da igreja.
- Quantos anos tinha quando entrou?
Minha idade era de 13 anos e alguns meses.
No final de 1961 ao completar o período curricular do seminário menor.
- Quantos anos tinha quando saiu?
Estava com vinte anos.
- Por que saiu do seminário?
Por insegurança, pela incerteza da vocação e outras preocupações familiares.
- O que aprendeu no ex-SIC?
Além da formação básica de grande teor em virtude de professores de alto grau de conhecimentos didáticos e disciplinas bem direcionadas, tive a alegria de encontrar um ambiente propício para crescimento no caráter, personalidade, formação religiosa e social.
Na constância e prazer de estudar e no direcionamento filosófico aprendido tive a alegria de aprender muito, mas, mais importante, a vontade de continuar aprendendo.
- O que fez depois que saiu? Estudou o que?
Tornei-me bacharel em Ciências Administrativas e depois nas Ciências Jurídicas, ambas na PUC Campinas. Participei de diversos cursos curriculares na área tributária e trabalhista. Venho, com freqüência, procurando maior formação social religiosa, inclusive com participação de cursos e
chats online.
- Qual sua trajetória profissional após a saída do ex-SIC?
Trabalhei em empresas privadas de pequeno e grande porte, dei consultoria nas áreas correspondentes à minha capacitação.
Sou aposentado, fui obrigado a parar por uns tempos por desgastes físicos e no momento vivo em busca de uma ocupação profissional. Para isso delego a vocês a função de prepostos trabalhistas.
- Casou? Tem filhos? Netos?
Sou casado com a Iracema, pessoa simples como eu e que tem as medidas do meu coração. Filhos? São quatro os frutos de nosso amor (Kátia – Débora – Júlio - Patrícia) e sete são os netos (Seis meninos e uma menina).
- Quais as recordações mais marcantes do tempo de ex-SIC?
As duas vezes extremas quando passei pelo portão do Seminário: em 1955 quando fui ali admitido cheio de ansiedades e preocupações e, depois, em 1961 com o coração cheio de saudades e na incerteza do meu futuro. No intervalo dessas datas são inúmeros os momentos de recordações agradáveis.
- Cite um personagem com quem conviveu na época que o impressionou positiva ou negativamente.
Entre tantos é difícil enumerar um. Mas, o Padre Euclides Senna foi de uma participação ímpar na minha vida. Dele recebi reprimendas e elogios; um apagador lançado num momento de raiva e abraços em outros momentos; uma nota zero em uma sabatina escrita para no oral final receber uma nota dez com louvor. Agradeço a Deus pela oportunidade de levar meu abraço para ele poucos dias antes de sua morte.
- Sobrou alguma mágoa? Qual? .
Nada de mágoa e, sim, gratidão eterna.
- Se voltasse no tempo iria novamente para o ex-SIC? Por quê?
Sim! Para matar saudades e fazer a caminhada novamente com os acertos e erros cometidos, pois os erros foram os solavancos que me fortaleceram e me deram maior capacidade para enfrentar o futuro.
- Quais as principais mudanças que a entrada (e/ou saída) do seminário provocou em você?
O temperamento é o mesmo; o caráter foi aprimorado e a personalidade mais qualificada para meu relacionamento social.
- Dedica-se à Igreja Católica atualmente?
Estou em retiro por incompatibilidade de gênio com meu pároco. Mas, venho me preparando para voltar para o ministério leigo. Atualmente participo de atividades relacionadas ao 7º Plano de Pastoral Orgânica da Arquidiocese e freqüento sua rede online nos diversos cursos oferecidos no Ambiente Virtual de Formação (A.V.F.).
- Qual sua relação com a religião atualmente?
Minha relação com Deus é mais intensa e melhor praticada atualmente.
- Como você compara a sua religiosidade daquela época com a atual?
Hoje está bem embasada e com fé mais intensa.
- Como você compara a Igreja Católica daquela época com a atual?
Em constante transformação. Mas não pode deixar de ser a Igreja fundada por Cristo, apesar de muitos desejarem modificá-la. Naquela época estava terminando a era tridentina e hoje vivemos o
agiornamento do Vaticano II.
- O que você acha dos reencontros com os ex-colegas do ex-SIC?
Maravilhosos, gratificantes e de incalculável aproveitamento. Eles provocam e demonstram grande empatia formadora de novas amizades unindo personagens de épocas diferentes e que se sentem tão juntos nos sentimentos.
Que sejam realizados mais vezes e que alguns explorem mais o lado sagrado vivido.
- Qual pergunta você gostaria de ter respondido e que não foi feita?
Fico feliz com os quesitos formulados.
- Alguma mensagem especial aos outros ex-SIC?
Recordar é viver o presente calcado na alegria do passado. Isso é ser ex-SIC.
Quero parabenizar todos os participantes.
Parabéns, querido Marcondes Rosa de Souza pelas suas respostas Quero realçar sua assertiva sobre humildade e vaidade. Todos passam pela experiência das duas. Meu momento de vaidade aconteceu no dia da última prova de português (oral). O nosso querido professor Monsenhor Luis Fernandes de Abreu valorizou com suas palavras o progresso de um aluno originário das lides campestres, com dificuldades no aprendizado com constantes notas SEIS (a menor) e que cursou o último ano com algumas notas máximas (NOVE). Encerrando disse que daria um DEZ com louvor ao aluno que saiu do mínimo para o máximo e que no vestibular para o curso de filosofia atingira nota 10 em Português e Grego e 9,5 em Latim. As lágrimas molharam meu rosto e, até hoje, agradeço a Deus por ter me presenteado com tão nobre professor.
Aluizio de Oliveira
Este é o Aluizio, aguardando ansiosamente seus comentários.
Se for comentar como anônimo, não deixe de identificar-se
Se quiser comentar por e-mail enviem mensagens para
ex.sic.1955@gmail.com
Aproveito a oportunidade para pedir que todos participem da pesquisa sobre a criação de um grupo "fechado" em alguma rede social onde poderemos tratar de assuntos de interesse dos integrantes da comunidade em um ambiente mais restrito. Ele está na lateral direita, no alto desta página.
Essa será uma das maneiras que possibilitará implementar a ideia do Gessé em que os membros da comunidade possam ajudar e pedir ajuda uns aos outros.
Para votar, bastam 2 cliques. Um na opção e outro em "Votar". Não requer prática e muito pouca habilidade motora.
Se quiser conhecer as comunidades sociais, visite:
LinkedIn (voltada a assuntos profissionais);
Facebook (voltada a assuntos gerais)
Antecipadamente grato pela participação.
José Reinaldo Rocha (62-67)
Olá Aluizio.tudo bem?
ResponderExcluirTive o prazer de conhece-lo no IX encontro,lá
na chácara do Escodro,quando eu participei pela]
primeira vez.E voce me deu uma grande força para
podermos, nos reunirmos e "matar" saudades, daquele tempo e por ocasião do X encontro, nós caminhamos juntos pelos campos de futebol.
Apreciei muito suas respostas. Parabéns.
DURVAL 63/65.
Caro Aluizio:
ResponderExcluirGostei de sua entrevista ( assim como de outros) e destaco na sua a epontaneidade e autenticidade nas repostas.
Forte Abraço a você.
G.Borin
Aluizio, fico feliz em encontrá-lo nessa magnífica entrevista, em que traduz muito bem ser um ex-sic, onde o passado nos deixa tanta saudades.Precisando trabalhar, entra no site do Daólio: www.aquitemrh.com.br... assessoria sempre é util. Abraços. Estamos triste com a situação do Pe. Buch, da turma de 1947/1953 e está na UTI em Campinas. Rezemos. Herminio
ResponderExcluirAí, Aluízio, como estou ammando ler todas essas entrevistas, inclusive a sua! Então, o Seminário cumpriu o seu objetivo primeiro ( dizendo com a mentalidade que temos hoje, evidente!)preparando bons cristãos, cidadãos, pessoas esclarecidas, "fermentos na massa", como ouvíamos sempre dos nossos bons orientadores espirituais. Agora, cá entre nós: o apagador não quebrou?? O sancta paedagogica furia!! rsrsrsrsrsrs, o Pe. Sena deve estar rindo lá no céu.
ResponderExcluirBonita entrevista. Um abraço.
Lúcio
Caríssimo,
ResponderExcluirNão tenho nada a comentar além de dizer: Gostei muito das suas respostas, "meu irmão".
Um grande abraço,
Cláudio Natalício
Fico curioso qdo. pinta uma entrevista e leio na primeira brecha. Muito interessante como cada um interpreta a experiência de vida.
ResponderExcluirAgradeço ao organizador e entrevistados.
Parabéns Aluizio
Paulo A. Venturoli
Parabéns Aluizio pelo conteudo das respostas. Felicito-o ainda pelo fato de até nos dias atuais estar empenhado em dar sua colaboração para os interesses da sua comunidade, apesar da incompatibilidade de gênio com seu pároco.
ResponderExcluirTive o privilégio de ser seu contemporâneo em 1961. Você com certeza não lembrará, mas naquele ano, tendo eu de 10 para 11 anos, fui levado por suas mãos para o centro da cidade para consulta oftalmológica.
Fortíssimo abraço
José Fernando Crivellari
1961 / 1962
fernando.crivellari@ig.com.br
Falou, Aluízio, amparense e atual cidadão do Jardim Amazonas. Acho que você tem muito a contribuir nesse seu apostolado.
ResponderExcluirAbraço. Daólio.
Não sou Narciso para ficar mirando e admirando a entrevista. Cá entro e olho os comentários. Então, meu ego vai até o infinito. Obrigado, meu Deus pelos amigos.
ResponderExcluirCaro Durval: obrigado pelaq sua amizade e parabéns pelo seu blog.
Professor Geraldo Borin, meu contenporâneo e colega de classe, aceite meu abraço
Caro Hermínio: eu no Jardim Amazonas e você no Estado do Amazonas. A distancia parece grande, mas no nome e no coração estamos juntos.
Caro Lúcio: se eu não desviasse e recebesse o impacto, minha cabeça dura, talvez, quebrasse o dito cujo.
Cláudio: meu irmão é o adjetivo esperado ao lembrar de você. Santa convivência que criamos sem interrupção até hoje e sempre.
Paulo: venturoso ou bemaventurado sou pela sua amizade
Crivelari: que bela lembrança de tempos tão gratificantes. O Oftalmologista divino me mostrou você e nos colocou como amigos.
Daólio querido:colega, conterrâneo e amigo. Sou ungido pelo óleo de sua amizade.
Eh, Aluízio, voltando à história do apagador e lendo o comentário do Paulo Aurélio Venturoli, acho que na entrevista dele vai ter também um relato semelhante ao seu, kiá, kiá, kiá...!!!
ResponderExcluirLúcio