quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Missão arqueológica - Relatório

Dia 15/set/09 o Grego, Aluizio e eu empreendemos uma missão arqueológica até o Seminário Maior no Bairro Genebra, em Campinas.
É lá que estão custodiados os documentos que sobraram do ex-SIC.
Chegamos por volta das 9 horas e fomos barrados na porta por uma funcionária, uma vez ela não havia sido avisada de que visitaríamos o local.
Por volta das 10 horas chegou o Cônego Jeronymo Furian que havia combinado com o Aluizio que nos receberia. Nos recebeu muito bem e nos deixou bastante a vontade.
Mal entramos no prédio eis que o Grego já vislumbrou uma surpresa: O relógio que ficava no hall central e nos acordava diariamente. Mas o relógio teve que aguardar até as 16 horas para ser filmado e ter suas batidas gravadas. Bem, isso não é mais novidade uma vez que o Grego já enviou o "filminho" para todos os e-mails de nossa relação.
O Cônego Jeronymo nos mostrou a salinha e armário onde encontram-se os documentos do ex-SIC (veja a foto do armário).

Toda documentação disponível está neste armário, exceto 2 álbuns de fotos que nos foram trazidos por um seminarista.
Depois mostrou a sala dos computadores, a capela (onde aproveitamos para agradecer a Deus e rezar para todos os ex-SIC, em particular pela pronta recuperação do Augusto Chiavegatto).
Visitamos também a biblioteca. O que encontramos de interessante lá? Livros, lógico.
- Mas, que livros?
- Bem...isso vocês terão que aguardar a publicação das fotos no nosso "site" (http://sites.google.com/site/exsicampinas).
O Grego e Aluizio ficaram anotando os nomes dos ex-seminaristas que constam dos livros (um livro por ano). Cada aluno possui, para cada série que frequentou o seminário, uma página com as notas das respectivas matérias (Há ano que consta a matéria de Cosmologia). Como a quantidade era muito grande, a preferência foi por anotar os nomes que permaneceram mais de um ano no seminário. Enquanto isso, graças a um "scanner" que o Grego levou, fui "escaneando" fotos e outros documentos.
- Opa! Outros documentos? Que documentos são estes.
- Mais um pouco de paciência. Após organizarmos o que coletamos vocês poderão vê-los no nosso "site" (http://sites.google.com/site/exsicampinas). Posso adiantar que são algumas atas.
Paramos um pouco para o almoço. Aceitamos o convite do Cônego Jeronymo para almoçamos em companhia dele e dos seminaristas. Relembramos nosso tempo de comunidade ajudando a lavar/enxugar a louça e voltamos ao trabalho.
Por volta das 17 horas demos por encerrada nossa missão. Porém há muito material ainda a ser lido/copiado.
Como tiramos apenas algumas amostras do material, nova missão dependerá do interesse que isto despertar nos ex-seminaristas.

Mesmo não tendo a ver com o assunto da postagem, aproveito para relatar a visita que fiz no dia seguinte ao Osnir Zócchio, em Amparo.
Convidei-o a ir ao próximo encontro do dia 19, em Indaiatuba, mas ele se sente incomodado em dar muito trabalho às pessoas (teve um AVC e está com bastante dificuldade para caminhar e falar) e preferiu declinar o convite.
Então nos resta vê-lo por fotografia.



Rocha, J. Reinaldo(62-67)

domingo, 13 de setembro de 2009

DOMINGO











Domingo,
Acostumado com o levantar as 6:00 h, aos domingos a gente acordava e pensava: ainda tem mais uma hora.
Missa solene, quase uma hora e meia e depois café. Mas no refeitório não tinha aquele clima agitado de estar atrasado.
A manhã tinha muito papo em andança pelos campos a comentar o filme ou o show do sábado.
Também, jogos livres, ouvia-se músicas na sala dos maiores, tudo, menos estudo.... alguns vão dizer que no tempo deles não era assim, não...
As fotos acima não são as mais belas, mas pontos de referência e os amigos certamente puxarão a memória:
Domingo era dia de seleção dos maiores x times de fora.... e o campo de baixo ficava rodeado de gente, principalmente visitas.
A gruta era ponto de referência prá gente subir no alto dela e ter aquela visão da outra foto: ver o céu largo e azul, as colinas a formar o horizonte ao longe e isso era tão importante prá gente, que vivia entre quatro muros, poder clarear a mente e sentir a liberdade do céu... A gruta também tinha a fonte onde o Cônego mantinha seus peixes e plantas. E não gostava de ninguém subindo na gruta, então a gente ia...
... na outra foto, a escada do campo de baixo. Ali a gente ficava longo tempo, também, conversando e olhando para fora.... ich! já repeti tantas vezes essa conversa!!!
Mas o que restou? Os sentimentos, sem eles poderíamos jogar fora todas as fotos.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Amenizando a rotina












Primeira foto é capa de livro de premiação da Academia Literária.
As demais, desenhos nos concursos entre 1965 e 1967.
Na pesquisa histórica sobre a vida interna do Seminário, encontrei um regulamento duríssimo no início, lá pelos anos de 1920. Levantar as 5:30 h, oração e missa, café em silêncio, aulas duríssimas sem ter para onde fugir, faltar ou pular o muro. Durante o almoço ouvir a leitura da Bíblia ou a vida de santo. O recreio a meia voz e depois mais estudos. O futebol jogado vestido com calças, estudo a noite de novo.... e assim, dia após dia, mes após mes... e nada de férias de julho. Isso foi sendo amenizado ao longo do tempo.
Diz então os documentos que os Bispos, que se sucederam, sempre foram muito flexíveis na produção de eventos culturais.
O Seminário da Imaculada (1955-1972) foi o último e nesse período já estava bem ameno.
Então relembramos que os esportes já estavam a todo vapor, com uniformes para as seleções e campeonatos de todas as modalidades, futebol de campo, salão, basquete e vôlei.
Logo de início todos faziam um teste para o coral. Quem não cantava no coral participava dos ensaios dos hinos das missas, então todo mundo cantava....
Os mais talentosos tocavam o piano que ficava no autitório e o órgão que ficava na Capela.
Ou então, quem quisesse tinha seu violão e então surgiam os "conjuntos" musicais.
Tudo isso era usado nos shows em alguns fins de semana.
Também era oficial o Grêmio e a Academia Literária. A cada semestre era reconstituída a Diretoria. As sessões eram feitas em algum dia de semana a noite e era bem esperada porque variava um pouco os estudos da noite. Também divertido assistir os colegas declamando poesias ou fazendo polêmicos discursos. Também estava anexado a esses movimentos as bibliotecas com livros recreativos, histórias, bibliografias, romances clássicos, coleções, etc.
Evento esperado e que movimentava toda a comunidade, bem como as famílias, era o concurso de desenhos. Durante um mes era incentivado que todos fizessem um ou vários desenhos. No prazo final esses desenhos eram levados para uma comissão, as vezes eram professores de outros colégios e se obtinham os três primeiros lugares e três menções honrosas. A premiação eram feita juntamente com um show e em seguida inaugurada a exposição de todos os desenhos produzidos. O hall ficava repleto de cavaletes lotados de desenhos e durante 1 semana era divertido ficar observando cada um.... cada um... meio estranbólicos... intrigantes...etc.
Acima alguns que restaram, inclusive o do trem foi terceiro lugar em 1966... o que deixou muita gente inconformada... mas era arte moderna.....rs...rs...rs.......













segunda-feira, 7 de setembro de 2009

FERIADO 7 DE SETEMBRO

Até 1967, enquanto ainda a Comunidade era viva, a vida interna era cheia de atividades.

Os mais velhos relatam que no início a vida era muita difícil, como nem ter férias em julho, estudar sábado a noite e domingos, os recreios controlados, etc.

Mas ao iniciar a década de 60, muitas conquistas já estavam implantadas e então haviam muitas opções para se participar. Mas não era fácil você ser escolhido para alguma atividade. A fanfarra, por exemplo, considerando que haviam 150 alunos, não era fácil ser escolhido para formar entre os + - 30 elementos. Eu p.ex. só consegui tocar caixinha porque era amigo do PC...T, hummm! que era monitor da fanfarra. Há que se considerar que de ano para ano com a saída da última turma, todos avançavam preenchendo as vagas. Assim era as seleções nos esportes. Ser escolhido para uma peça teatral, então, era muito difícil; participar da redação dos jornais, aprender datilografia, fazer parte do grupo da encadernação, da fábrica de velas, da turma do cinema, etc. Mas a gente dava um jeito de se enfiar ou então era também prazeiroso ser somente expectador.... Meu caso porém, em me enfiar nesses grupos: para participar do grupo da horta, que tinha o privilégio de faturar uma graninha, foi que procurei o Taré, o chefe, e disse que eu vinha de uma fazenda e sabia mexer na terra... pronto. Depois pulei para a encadernação porque fazia direção espiritual com o Pe. Faur e comecei a relatar para ele meus problemas e ele pegou que eu era meio fraquinho e foi dizer para a irmã Paulinha para me ajudar e assim fui aceito pela verdadeira "vovó", que vivia me dando conselhos. Tentei também fazer parte do grupo que aprendia datilografia com o João Mário. Não havia vaga. O cinema, do Daólio, era um grupo muito seleto também.... Mas todos eram livres para represálias e então surgiram muitos "conjuntos" musicais expontâneos e até a seleção de futebol Corintinha era uma rebeldia pelos que se sentiam injustiçados pela não convocação para a seleção principal.